A Abes (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental) lançou ontem (03), durante o Congresso Abes Fenasan 2017, em São Paulo, o Ranking da Universalização do Saneamento. No estudo, que avaliou 231 municípios do país com mais de 100 mil habitantes, Piracicaba se destaca dentro do seleto grupo de 14 cidades nos itens abastecimento de água, coleta de esgoto, tratamento de esgoto, coleta de lixo e destinação de resíduos. Também foram analisados os números de internações advindas da falta de saneamento.
Atrás de Piracicaba estão as cidades de Araçatuba (SP), Araraquara (SP), Birigui (SP), Curitiba (PR), Franca (SP), Jundiaí (SP), Limeira (SP), Maringá (PR), Niterói (RJ), Santos (SP), São José dos Campos (SP), Taubaté (SP) e Votorantim (SP). Esse grupo concentra apenas 6% dos municípios que detém as maiores pontuações no ranking.
No estudo, as três faixas que dividem os municípios são as seguintes:
- Rumo à universalização (14 cidades) – com pontuação acima de 489
- Compromisso com a universalização (41 cidades) – de 450 a 489
- Primeiros passos para a universalização (176 cidades) – abaixo de 450
O Ranking Abes da Universalização de Saneamento é o mais novo instrumento de avaliação do setor no país. Por meio dos indicadores (abastecimento de água, coleta de esgoto, tratamento de esgoto, coleta de lixo e destinação de resíduos),o ranking avalia as condições de saneamento em relação à universalização nas cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. E, em função dessa intrínseca relação entre saneamento e saúde, correlaciona os resultados às DRSAI (Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado) de cada município.
O presidente do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), José Rubens Françoso, afirma que “A divulgação do ranking da Abes destaca todo o excelente trabalho que o Semae realiza há anos. O nosso esforço nos tornou referência no saneamento, isto é muito gratificante”. E completa: “Vamos continuar com o nosso trabalho levando água e tratando o esgoto. Isso é qualidade de vida, isso é cuidar das futuras gerações”.
SAÚDE – De acordo com a Unicef, 88% das mortes por diarreia são atribuídas à má qualidade da água, saneamento inadequado e falta de higiene. A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que 94% dos casos de diarreia no mundo são devido à falta de acesso à água de qualidade e ao saneamento precário.