Mês de Maio: Casa de Santo Antônio!
(David Lorenzon Ferreira)
Tradicionalmente o mês de maio é o mês das noivas [p.s.: não existe noiva (o) sem noivo (a)], quando milhares de mulheres tem o sonho de se casar, tendo um noivo ou sendo muito ativas na caça a algum Otário, opa, Otávio!
Desde a mais tenra idade ouvimos histórias de ninar ou conto de fadas onde tudo termina bem e em puro casamento. Atualmente, ano de 2014 do século XXI, o tradicional abriu espaço para o inovador casamento igualitário: homens se casam com homens e mulheres se casam com mulheres, casais que se amam e querem se unir pelos laços “eternos” do matrimônio, mesmo que essas cerimônias não ocorram em templos religiosos. Recentemente celebraram-se até mesmo casamento entre três pessoas no interior dessa terra tupiniquim de aipim.
Os cerimonialistas e toda a indústria matrimonial que se desenvolveu ao redor do início existencial da instituição do casamento agradecem muito bem e obrigado. Aceitam o pagamento em cash, cartões de débito ou crédito. A felicidade não tem preço, tem?
Para muitos solteiros que ainda desejam se casar, vale e muito judiar da imagem do Santo Antônio, colocando-o de ponta cabeça dentro de um copo d’água, deixa-lo no freezer para tentar persuadi-lo a arrumar um (a) namorado (a) para você. Mas será que esse trabalho também não é dever de certo cupido que anda voando desvairado por aí?
Assim como eu, prezado leitor, muitas pessoas aprenderam a serem felizes sozinhas, ou seja, não associam a felicidade ao fato de estarmos ou não nos relacionando sentimentalmente com outro ser humano ou dependendo do caso, um affair ou caso próximo a isso.
Que a vida é bela eu já sabia, aproveitá-la ao máximo é necessário e essa tal felicidade não depende da presença ou do aval de outro elemento X, Y ou Z. Felicidade se constrói junto a pessoas com quem temos um grande apreço: familiares e amigos muito queridos e que nos são muito caros. E, acima de tudo isso, temos nossa fé na religião que professamos; temos DEUS sempre junto conosco como exemplo de amor sublime e supremo.
Entretanto esses argumentos não convencem quem realmente pretende se casar, trocar seus votos em frente ao distinto santo casamenteiro (padre, pastor, juiz de paz, etc.) e ouvir deste a célebre frase: “que sejam felizes até que a morte os separe”. É, se a morte não separar, talvez um divórcio ou a traição o façam, querendo ou não, isso é a realidade.
Mas, sejamos otimistas, que essa união seja eterna enquanto durar e que se possível comece no mês de maio a partir da data do seu casamento – só não se esqueça de me convidar para a festança e o arrasta pé. Nos tempos atuais, pesquisas comprovaram que casais homossexuais estão há muito mais tempo juntos do que casais heterossexuais; outrora apenas os antigos mantinham-se unidos por toda a jornada dessa vida. Muitas pessoas se casam várias e várias vezes, essas pessoas tiveram pressa muitas vezes em se casar e em outras não conseguem lidar com os problemas que o cotidiano traz para a agenda do casal.
Parabéns para quem está de casamento marcado para maio, para os que irão se casar entre junho e dezembro e também para aqueles que já se casaram entre janeiro e abril deste ano. Desfrutem ao máximo um do outro e aprendam a conviver com o que mais o irrita em seu / sua companheiro (a), exercite o diálogo para que a relação seja duradoura como a relação de nossos pais e avós, procure terapias de casal e se não tiver jeito mesmo de seguir em frente junto a ele (a), lembre-se de que foi você quem escolheu, logo após pedir, implorar e judiar do pobre Santo Antônio.
Bora ser feliz, jogar arroz nos noivos e vê-los partir em lua de mel ao som do tilintar das latinhas de conservas e cervejas presas ao para-choque traseiro do carro. Bon Voyage!