A partir desta COPA, tente pensar e planeje como deverá ser os demais cômodos de sua nação, casa da qual entregamos as chaves nas mãos de terceiros para nos representar, governar, legislar, comandar, gerir, administrar, intervir em nossas vidas e até mesmo nos roubar. E isso porque nós assim os permitimos. COPA, cozinha, sala de estar e de jantar, se não der mais indigestão, vamos ceiar e, como sempre, tarde demais!
O que fazer com os políticos brasileiros? O que fazer com o povo brasileiro? Enquanto 90% da população continuar alienada, não transformaremos esse país em uma verdadeira nação democrática.
Logo mais estaremos diante das urnas para eleger este ou aquele político que nos representará por mais alguns anos. O fato é que nesse cenário carnavalesco que temos por aqui, votar no palhaço ou no trapezista não fará diferença alguma, já que o picadeiro da alegria em Brasília, nos Estados e nos Municípios continuar a fornecer pão e circo para um povo imediatista e sem noção.
Mas alto lá, os palhaços aqui somos nós, além de sermos todos macacos, continuam jogando torta e bananas na nossa cara, no Brasil e também no exterior. Por que é tão difícil democratizar-se? É mais fácil exigir mudanças sem sair da sua zona de conforto do que levantar do sofá e votar com a razão e não pela emoção e na esperança de ganhar as bolsas auxílios e um presentinho dos panacas de gravata. E, do alto do seu trono os Césares contemporâneos questionam ao povo: “Vocês preferem pizza ou arroz com feijão? Só não oferecem brioches, pois esses são mais caros e já derrubaram monarcas, fazendo com que suas cabeças rolassem guilhotina abaixo.
Quem se propõe a servir o povo ao tornar-se o seu representante, não deveria se esquecer de que este ser também veio do povo e é para o seu povo que ele deve legislar. Eles se orgulham tanto do salário mínimo nacional, e por que eles mesmos não passam a ganhar o mesmo que o povo ganha? Democracia é isso, igualdade para todos, logo, igualdade salarial também!
Todos os políticos apresentam sua proposta de campanha como se essa fosse de fato à solução para todos os nossos problemas milenares, entretanto o caminho dos tijolos amarelos não levará a nação brasileira até o reino encantado onde essas propostas idealizam estar por 4, 8 ou 12 anos, pois escrever contos de fadas é algo prático para iludir e colocar o povo para dormir, mas torná-los realidade é outra questão que eles não colocam em ação, prezado leitor e eleitor janjão.
A síndrome dos Faraós é uma prática ou patologia presente em vários governos mundiais, destruir o que o seu antecessor fez e construir algo maior e hipoteticamente melhor para tentar cravar o seu nome na história e conseqüentemente apagar o nome do seu antecessor das placas de ferro presente nas obras que este o aquele inaugurou e se orgulha até ser encerrado em seu sarcófago para todo o sempre.
As aulas de história deveriam abrir os olhos dos cidadãos desde a mais tenra idade, para que quando eles fossem exercer o seu poder no voto, essas pessoas tivessem cravadas em sua mente e consciência do que é ser cidadão e fazer valer a sua confiança nas urnas de todo o país.
É valida a manifestação popular para reivindicar os seus direitos escritos na Constituição da República Federativa do Brasil, entretanto o vandalismo que muitas vezes caminha concomitantemente a esses protestos, traduz mais um desperdício das verbas públicas, ou seja, do dinheiro dos impostos que sai dos nossos bolsos.
Mudanças são necessárias e precisamos delas para ontem, a hora está chegando e o povo deve fazer com que o seu voto valha à pena, pois o cidadão que vai à urna votar não coloca apenas o seu futuro e de sua família em risco, ele coloca em jogo a vida de toda uma nação. Mas no país do futebol, tudo continua terminando em pizza, não é? Prezado leito, caríssimo cidadão, até quando isso irá ocorrer?