O seriado mais família da nossa televisão se foi, quis ir, deixaram-no ir. “A Grande Família” não conseguiu apenas consolidar-se nas memórias, virar vício e entretenimento, mas também quase tornar-se nossa segunda família.
O seriado ensinava, era engraçado, com personagens inesquecíveis, fantasiosos e reais. Com uma boa fórmula clássica bem trabalhada, com ganchos e belos temas desenvolvidos. Todavia, o ponto fraco e negativo do programa foi a falta de criatividade no quesito roteiro e desenvolvimento.
Outro problema foram as mudanças em alguns quadros da família, por exemplo, Agostinho recebendo mais responsabilidades do que deveria. Essa mudança não “caiu muito bem”. A saída de Marilda, a perda de alguns personagens por causa do falecimento de alguns atores, como Rogério Cardoso, foi o que fez o programa desgastar-se, diminuindo sua relevância e repercussão.
A despedida foi mais razoável do que inesquecível. A chatice, por alguns momentos, superou aquela emoção da despedida. Os minutos finais conseguiram resgatar os velhos momentos graças à música de abertura. Bem, se era para ficar assim, com preguiça de pensar e buscar novos conflitos familiares, o fim do seriado foi bom para os atores e o público.
Por fim, o seriado foi um programa honroso, pois nunca apelou para o sexo e baixaria; histórico, visto que durou anos e gratificante para a televisão brasileira.