Diretor conta como site de entretenimento virou ‘febre’ com notícias policiais
O PiraNOT fechou o ano de 2014 com quase 3 milhões de acessos oriundos de diversas cidades do país, principalmente de Piracicaba, segundo relatório do Google Analytics.
Dirigido por Júnior Cardoso e tendo uma equipe de sete pessoas espalhadas pelo país, 2014 foi um ano de ajustes para o portal de notícias. “Tudo em 2014 foi um susto, algo meio divino. Tínhamos um site de entretenimento e aos poucos fomos mudando e testando novos tipos de notícias e vimos que a cidade tinha sede desse conteúdo e fomos indo fundo, sem medo de ser feliz” contou o diretor.
O PiraNOT nasceu em Novembro de 2011 e é um dos primeiros sites de notícias de Piracicaba. Tendo um formato popular e ousado seguindo como espelho o jornal carioca “Meia Hora de Notícias”, líder no segmento no Rio de Janeiro, o portal de notícias se tornou febre nas redes sociais. “Nossas notícias vão longe. A primeira foi uma do nosso entrevistador Felipe Gonçalves que foi compartilhada pela Kelly Key, tivemos outra que foi mostrada no programa do Datena, a do maníaco sexual, e a do shopping, enquanto a imprensa local abafou nós noticiamos e o jornal O Estado de São Paulo deu uma notinha básica sobre o caso” disse.
A notícia do maníaco sexual foi dada pela parceira do PiraNOT, a TVB Record Campinas, em meados de Setembro. Na época, nenhum veículo de comunicação de Piracicaba havia noticiado o caso que tinha passado despercebido. O assunto tomou proporções gigantes e levou a cidade a uma caça ao estuprador. Depois da agitação da população piracicabana o programa policial “Brasil Urgente” veio a Piracicaba e entrevistou uma nova vítima. Durante a reportagem, foi exibido o portal de notícias como base.
Logo em seguida, fazendo um jornalismo imparcial e sem influências comerciais, o PiraNOT noticiou um buraco que se abriu no estacionamento do Shopping Piracicaba após uma chuva. A notícia, como dita por Cardoso, ganhou uma nota em um dos principais jornais impressos do estado. No mesmo mês, com base na reportagem, o vereador do PT, Paiva, solicitou através de um requerimento, explicações sobre a obra para a Prefeitura Municipal de Piracicaba.
Por causa do requerimento, o shopping soltou uma nota oficial que foi divulgada na integra pelos jornais impressos onde o mesmo anuncia em páginas inteiras. “No caso do shopping, as vezes me senti falando com paredes, até o vereador solicitar o requerimento que foi uma surpresa para mim” disse Cardoso que completa “Daquele momento em diante tive a certeza que o PiraNOT estava cumprindo seu papel de denunciar e que tinha força suficiente para fazer seu papel como imprensa. Meu site realmente estava dando o que falar”. A notícia do incidente no shopping teve em um único dia mais de 40 mil leituras.
Nesse pouco tempo foram conquistados grandes parceiros. “Tivemos um parceiro na área comercial muito importante. O Valêncio. Um homem batalhador que tem uma loja fantástica e que vem permitindo mantermos o portal em franco crescimento. Outro que nos ajuda é um casal, que ainda não conheço, mas que mantém a página Apoio a Polícia Militar de Piracicaba. Eles compartilham nossas notícias e nos ajudam muito. O sucesso do PiraNOT se deve muito à eles a quem agradeço de joelhos” disse o diretor.
Ainda na área comercial, agências de publicidade paulistas chegaram a aumentar o valor de anúncio CPM (Custo por mil impressões), no portal em 300% após outubro, mas devido a agressividade dos anúncios até Dezembro eles foram sendo reduzidos para agradar o leitor piranotense.
Para 2015 o portal de notícias tem o objetivo de dobrar os acessos e chegar a marca de 7 milhões além de aumentar o alcance nas redes sociais, expandir para outras cidades estratégicas e aumentar o número de colaboradores.
Para essa nova etapa, Cardoso fala em desafios. “A imprensa vive há muito tempo um grande desafio e mesmo nós que já somos online notamos um novo jeito das pessoas de se informar e percebo que terei que me adaptar, mas como ainda é para mim algo um pouco assustador, mas sei que não poderei deixar de fazer”.
