Em nota, concessionária ressalta que pista necessita de novo asfalto, mas diz não poder fazer o serviço
A pista que faz a ligação das rodovias Cornélio Pires, a SP-155, e do Açúcar, a SP-308, no extremo leste de Piracicaba, vive um dilema. Até o km 4, a pista conta com sinalização e asfalto, mas a partir desse ponto em diante, muitos buracos e falta de sinalização toma conta da via.
Bastante utilizada por caminhoneiros que fazem a troca de rodovias e por feirantes que vão ao Ceasa, a pista dá acesso ainda a um condomínio de chácaras.
O PiraNOT esteve no começo do mês no local e conversou com moradores do condomínio e frequentadores do Ceasa que nos relataram o pavor de dirigir na via. “Já vi vários acidentes aqui. Morro de medo porque tentamos não cair no buraco e na hora que vemos pode acontecer um acidente” disse Manoel Rosa, dono de uma banca de feira e que frequenta diariamente o Ceasa em busca de frutas para vender.
Um outro feirante revoltado lamenta o descaso que vive a via. “Já veio TV fazer reportagem aqui e até hoje, parece que ninguém quer olhar por nós. Ninguém resolve” disse João Almeida.
Percorremos toda a pista. Em determinados pontos de curvas acentuadas não há nenhuma sinalização. Por ser usado por diversos caminhões, o asfalto não suportou e enormes buracos se formaram. Nos trechos aonde ainda existe asfalto, rachaduras dominam a pista e por não ser duplicada, motoristas fazem arriscadas ultrapassagens.
O PiraNOT procurou as concessionárias Rodovias do Tiete, responsável pela do Açúcar e a Rodovias das Colinas, responsável pela Cornélio Pires. Além disso, entramos em contato com o secretário de obras de Piracicaba, Arthur Ribeiro, em busca de explicações sobre a falta de manutenção no local. Segundo o secretário, por e-mail, “Neste anel viário, da Rodovia do Açúcar ate o Ceasa, a manutenção é de responsabilidade da Rodovias do Tietê, e do Ceasa ate a Rodovia Cornélio Pires, é da Rodovias das Colinas”.
A Rodovias do Tietê, por telefone, confirmou ser de sua responsabilidade a manutenção da pista até o km 4. Segundo a assessoria de imprensa da concessionaria, uma equipe seria mandada para o local nessa terça feira (12), no período da manhã, para fazer mais uma manutenção prévia e que o trecho de sua responsabilidade estava sendo administrado.
A Rodovias das Colinas em nota disse que “por contrato, a concessionária é responsável apenas pela conserva de rotina (como serviços de poda da vegetação e tapa buraco) do local” e ressaltou que “o asfalto do trecho necessita de um recapeamento completo (que não está previsto no contrato de concessão), mas a Colinas estuda, juntamente com a Artesp ( Agência de Transportes do Estado de São Paulo), um projeto para a execução da obra, a fim de prover mais segurança aos usuários que utilizam diariamente a via”.
A Artesp, via e-mail, também se posicionou e confirmou a versão dada pela Colinas. Segundo a Agência, o projeto para a restauração da pista está em analise na sua área técnica.
O PiraNOT procurou ainda o Governo do Estado de São Paulo, mas o mesmo não retornou nosso contato.