De cidade “exportadora” de lixo, Piracicaba passará a ser a primeira do país a cumprir integralmente as determinações do Plano Nacional de Resíduos Sólidos com o início das operações da Central de Tratamento de Resíduos Palmeiras. As modernas instalações, erguidas numa área de 600 mil metros quadrados batizada de “Ecoparque”, são resultado da parceria público-privada, chancelada em 2012 pela Câmara, entre o município e a empresa Piracicaba Ambiental.
Situada às margens da rodovia Deputado Laércio Corte (SP-147), a usina deve começar a funcionar ainda este ano, embora só deva estar com 100% de suas instalações concluídas em 2016. No total, serão investidos R$ 230 milhões, acima dos R$ 90 milhões estabelecidos no contrato da PPP, que é válido por 20 anos, podendo ser prorrogado por mais 15. Quando entrar em funcionamento, a usina terá capacidade de processar 2 mil toneladas de resíduos por dia ––Piracicaba hoje produz 400 toneladas, que são levadas até Paulínia (SP), a 62 quilômetros de distância.
Uma comitiva da Câmara esteve no Ecoparque, na manhã desta quarta-feira (22), para acompanhar uma simulação das operações da central e a apresentação do projeto da Piracicaba Ambiental, conduzida por seu presidente, Gerson De Gruttola. Estiveram presentes os vereadores André Bandeira (PSDB), Carlinhos Cavalcante (PPS), Dirceu Alves da Silva (PROS), Gilmar Rotta (PMDB), João Manoel dos Santos (PTB), José Aparecido Longatto (PSDB), Luiz Carlos Arruda (PV), Madalena (PSDB), Paulo Camolesi (PV) e Pedro Kawai (PSDB), além de assessores de Chico Almeida (PT), Ronaldo Moschini (PPS) e Samaritano (PDT). O prefeito Gabriel Ferrato (PSDB) e o secretário municipal de Defesa do Meio Ambiente, Rogério Vidal, também participaram da visita à unidade.
Vice-presidente da Câmara, Gilmar Rotta destacou o status de “referência nacional” alcançado por Piracicaba com o investimento na construção da central de tratamento. “O que eu vejo é que a Câmara, junto com a Prefeitura, mais uma vez acertou quando, em 2012, aprovou a PPP para a viabilização dessa usina. Agora, após três anos de construção, todo o lixo será reutilizado e o que será aterrado será o mínimo do mínimo. Piracicaba está de parabéns, pois dá um salto muito grande à frente de outros municípios nessa questão.”
Primeiro-secretário da Mesa Diretora, Pedro Kawai enalteceu o fato de o projeto da Piracicaba Ambiental preocupar-se também com a conscientização de crianças e jovens. “O que mais me chamou a atenção foi o fato de que 1% da receita do projeto será destinado à educação ambiental: ou seja, nós vamos preparar nossas crianças para, no futuro, sermos como a Alemanha ou o Japão em conscientização sobre a reciclagem desses resíduos, já que hoje em dia ainda existe a visão de “lixo”, quando, na verdade, são resíduos, em que praticamente tudo é reaproveitado.”
