As autoridades italianas apresentaram uma série de medidas de segurança em torno dos eventos do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que começa na próxima terça-feira (8), no Vaticano. Cerca de 2 mil policiais e Forças de Ordem vão reforçar a segurança na capital italiana durante o jubileu, “mesmo não tendo qualquer informação relativa a um alerta específico” de um ato terrorista, disse o prefeito de Roma, Franco Gabrielli, que lembrou que este será o primeiro jubileu “na era do Estado Islâmico”.
“Estamos vigilantes mas não em pânico”, ressalvou, apelando que “risco zero” é algo que “não existe” e que Roma e o Vaticano têm se confrontado com a ameaça terrorista há anos.
Uma associação denominada “Defendamos a Itália do Terrorismo” organizou, com o apoio de especialistas da polícia, uma formação de sentinelas antiterrorismo com 500 pessoas em Roma, que incluíram taxistas, voluntários da proteção civil e funcionários das empresas de transportes públicos. Em acordo com as forças militares e as autoridades da aviação civil, uma zona livre de voo vai ser estabelecida em torno de determinados locais em função dos eventos.
“Nós classificamos os eventos em torno da Basílica de São Pedro, e de outras, em cinco categorias de segurança – de 0, para aqueles com menos de 30 mil pessoas, até 4 para os que podem concentrar cerca de 300 mil”, explicou Gabrielli, responsável pela coordenação da gestão do evento.
A cada nível corresponde um grau de segurança, prevendo mais polícias, voluntários da proteção civil ou de ambulâncias e médicos. “A principal sala de controle será a da polícia municipal de Roma, que estará ligada a todas as outras, como bombeiros ou empresas de transporte e de eletricidade”, disse Gabrielli. “Já fizemos exercícios nos locais de possíveis atentados, aumentamos o treinamento dos nossos operacionais e tudo isso leva-me a ser otimista”.
Este será o 29.º jubileu na história da Igreja Católica. Começa no dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro) e termina em 20 de novembro de 2016. O início oficial ocorre com a simbólica e tradicional abertura da Porta Santa. A sua abertura significa que, durante o tempo jubilar, a Igreja oferece aos fiéis um “caminho extraordinário” para a salvação. Após a abertura da primeira Porta Santa, a da Basílica de São Pedro, são sucessivamente abertas as das outras principais basílicas de Roma: São João de Latrão, São Paulo Extramuros e Santa Maria Maior.