O prefeito de Piracicaba Gabriel Ferrato autorizou ontem na última semana a abertura de licitação para construir uma nova UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas na região da Vila Cristina, em uma área de 4.153,87 metros quadrados, atrás do Supermercado Dia, na rua Dona Anésia. A unidade, classificada como de Porte III pelo Ministério da Saúde, terá características modernas e 52 leitos, quase o dobro do pronto-atendimento atual, que tem 28. A ala da pediatria vai ser separada do setor adulto, respondendo a uma demanda local.
Estão previstos investimentos de R$ 6,8 milhões, que beneficiarão diretamente uma população de mais de 70 mil habitantes. A obra, devido a sua complexidade, deve demorar aproximadamente um ano para ficar pronta, prazo que passa a ser contado após a conclusão do processo licitatório.
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CAPACIDADE DOBRADA – A diferença do Porte III para os portes I e II pela classificação do MS está na dimensão da estrutura, no universo da população atendida, bem como no número de médicos e de leitos. A de Porte I é para cidades entre 50 e 100 mil habitantes, com pelo menos 700 metros quadrados de construção e atendimento médio de 150 pacientes por dia, realizados por no mínimo 2 médicos em cada turno, além de possuir no mínimo 7 leitos.
A de Porte II é para cidades com até 200 mil habitantes. Deve contar com estrutura física básica de 1.000 metros construídos, atender uma média de 250 pacientes, com pelo menos 4 médicos no período diurno e 2 no período noturno, guarnecido com o mínimo de 11 leitos.
No caso da nova UPA, a estrutura é adequada para população acima de 300 mil habitantes. Seguindo critério do MS, se enquadra na classificação Porte III, apesar de atualmente ser considerada de Porte II.
A unidade terá algumas vantagens em relação à exigências padronizadas: mais que o dobro em número de leitos, passando de 28 para 52, e quase o dobro em tamanho, maior comodidade e estacionamento coberto, além de equipamentos de última geração.
A UPA Vila Cristina atendeu no ano passado (2015) mais de 162.611 pessoas, uma média de 445,5 pacientes por dia, 20% a mais do que o estabelecido pelo MS (média de 350). Em relação ao número de médicos, a unidade terá os 6 médicos requeridos para o período diurno (quatro clínicos e dois pediatras), e no período noturno, 5, com já acontece atualmente (três clínicos e dois pediatras) –, enquanto o MS exige no mínimo 3 no plantão.