Na manhã de ontem (01), foi oficialmente entregue à população a obra física do Hospital Regional. Estavam presentes na solenidade o prefeito Gabriel Ferrato (PSB), o secretário da Saúde, Pedro Mello, o prefeito de Saltinho, Claudemir Francisco Torina, secretários, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Danilo Leme, vereadores de Piracicaba e representante do Parlamento do Aglomerado Urbano.
A obra – de 19 mil metros quadrados construídos, em uma área de 80 mil metros quadrados – custou R$ 86 milhões ao município e foi arquitetada a partir de conceitos modernos de atendimento e tecnologia, com heliponto, UTI e 126 leitos. Além da capacidade para 2.000 cirurgias mês, sendo outras 700 eletivas no Hospital Dia anexo.
De acordo com Gabriel Ferrato, o objetivo, a partir de agora, é cobrar agilidade do governador do Estado, Geraldo Alckmin, no processo de mobília e instalação de equipamentos, para que a unidade possa entrar em funcionamento o mais rápido possível. O prefeito pediu ainda para que os políticos da região se unam e elaborem moções de apoio ao HR, ampliando assim a pressão para que as decisões sejam tomadas. Ainda não há previsão de quando o hospital começará a funcionar.
“Quando foi iniciada esta obra, Geraldo Alckmin disse que o Estado assumiria a gestão do Hospital Regional. Nossa função então era construí-lo. Agora ele está pronto, basta ocupá-lo e fazê-lo funcionar. Para que isso aconteça é preciso apenas vontade política”, enfatizou Ferrato.
Segundo ele, não deveria haver entraves para o processo andar, uma vez que o Estado já tem atas de registros, o que significa facilidade para a aquisição de móveis e equipamentos; bem como tem convênio com a Funcamp, que seria a gestora da unidade.
Pedro Mello destacou o baixo índice de leitos por número de habitantes no município. “Temos um dos piores índices do Estado, com 0.8 leitos para cada 1.000 habitante. Sendo que o preconizado pela Organização Mundial da Saude (OMS) é de 2,5 a 3 leitos”, observou. Segundo ele, foi a partir dessa realidade, “ que não mudou”, que foi pensado o Hospital Regional.
“É um hospital 100% SUS, o que dará mais autonomia à saúde pública, financiado pelo Estado, já que o município não tem condições financeiras para arcar com um volume tão elevado de recursos. Com isso, atendemos a região e desafogamos as UPAs, proporcionando assim um atendimento de qualidade”, explicou.
Apesar de todas as dificuldades, Pedro Mello destacou que Piracicaba é um oásis em relação ao Brasil. “Nosso sistema de saúde pública funciona porque temos um prefeito com coragem para enfrentar os problemas, mesmo tendo de arcar com o aumento excessivo dos investimentos do município”, concluiu.