Dando continuidade ao artigo anterior, vamos conhecer um pouco dos demais biomas brasileiros, afim de nos aprofundarmos nos objetivos da Campanha da Fraternidade 2017, cujo tema é “Os biomas brasileiros e a defesa Vida” e cujo lema é “Cultivar e guardar a Criação”. Quando se fala sobre a vida desses biomas, a atenção particular dedicada pela CF é a vida dos povos originários desses biomas que são parte integrante desses conjuntos de vida, ou seja, fala-se especialmente dos indígenas.
Por isso, um dos objetivos específicos desta CF é: “conhecer melhor e nos comprometer com as populações originárias, reconhecer seus direitos, sua pertença aos 200 milhões do povo brasileiro, respeitando sua história, suas culturas, seus territórios e seu modo especial de viver.
Dando continuidade ao conhecimento dos biomas brasileiros, além da Amazônia e Cerrado que já falamos no 1º artigo, vamos aos dados mais importantes dos demais:
Mata Atlântica: extensão aproximada – 1, 110 mi de km2. É um complexo ambiental que engloba cadeias de montanhas, vales, planaltos e planícies de toda a faixa continental atlântica leste brasileira, além de avançar sobre o Planalto Meridional até o Rio Grande do Sul. Ocupa totalmente os estados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e Santa Catarina, 98% do Paraná e áreas de mais onze estados.
Seu principal tipo de vegetação é a floresta ombrófila densa, normalmente composta por árvores altas e relacionada a um clima quente e úmido. A Mata Atlântica já foi um dos mais ricos e variados conjuntos florestais pluviais da América do Sul, mas atualmente é reconhecida como o bioma brasileiro mais descaracterizado. Isso porque os primeiros episódios de colonização no Brasil e os ciclos de desenvolvimento do país levaram o homem a ocupar e destruir parte desse espaço.
Caatinga: extensão aproximada – 844,453 mil km2. O nome que é de origem indígena e significa “mata clara e aberta”, identifica um bioma exclusivamente brasileiro que ocupa cerca de 11% do país. É o principal bioma da Região Nordeste, ocupando totalmente o Ceará e 95% do Rio Grande do Norte, 92% da Paraíba, 83% de Pernambuco, 63% do Piauí, 54% da Baía, 49% do Sergipe, 48% de Alagoas, 2% de Minas Gerais e 1% do Maranhão.
Apresenta uma grande riqueza de ambientes e espécies que não se encontra em nenhum outro bioma. A seca, a luminosidade e o calor característicos de áreas tropicais resultam numa vegetação de savana estépica, espinhosa e decidual (quando as folhas caem em determinada época). Há também áreas serranas, brejos e outros tipos de bolsão climático mais ameno. Está sujeito a dois períodos secos anuais: um, de longo período de estiagem, seguido de chuvas intermitentes e um de seca curta, seguido de chuvas torrenciais (que podem faltar durante anos).
Dos ecossistemas originais da caatinga, 80% foram alterados, em especial, por causa de desmatamentos e queimadas.
Pampa: extensão aproximada – 176,496 km2. O bioma Pampa está presente só no Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território do estado. Ele constitui os pampas sul americanos, que se estendem pelo Uruguai e pela Argentina e, internacionalmente, são classificados de Estepe. O pampa é marcado por clima chuvoso, sem período seco regular, recobrindo um relevo nivelado, levemente ondulado. Formações florestais não são comuns nesse bioma e, quando ocorrem, são do tipo floresta ombrófila densa (árvores altas) e floresta estacional decidual (com árvores que perdem as folhas no período da seca).
Pantanal: extensão aproximada – 150,355 km2. Cobre 25% do Mato Grosso do Sul e 7% do Mato Grosso e seus limites coincidem com os da Planície do Pantanal, mais conhecida como Pantanal mato-grossense. É um bioma praticamente exclusivo do Brasil, pois apenas uma pequena faixa dele adentra outros países (Paraguai e Bolívia). É caracterizado por inundações de longa duração (devido ao solo pouco permeável) que ocorrem anualmente na planície e provocam alterações no ambiente, na vida silvestre e no cotidiano das populações locais. A vegetação predominante é a savana. A vegetação original de áreas que circundam o pantanal foi, em grande parte substituída por lavouras e pastagens, num processo que já repercute na Planície do Pantanal.
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ANATONIO OSWALDO STOREL – é cirurgião dentista e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba.
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