“Inovação: mais do que modismo, um processo a ser estabelecido”


 



Já tratei do tema Inovação em um artigo que escrevi anos atrás, mas entendo ser um assunto recorrente, principalmente em tempos de diversidade, dificuldades, dinâmica competitiva, mudanças de rumo e, principalmente, de entendermos para onde caminhamos. Escrevi também sobre tempos exponenciais, transcendência do mundo virtual para o real, transformação do mercado de trabalho e os conceitos de Humanidade 5.0, Inteligência Coletiva, Terra 2 e Complexidade, emprestados do professor Gil Giardelli e dos filósofos Pierre Levy, Edgar Moran e Luc Ferry, pois todas essas transformações estão interligadas a tais conceitos, de alguma forma.

Quando pensamos na palavra inovação, automaticamente, para boa parte das pessoas, o termo remete às novidades tecnológicas, pois esse é um segmento veloz e eficaz para apresentar soluções diferenciadas ao mercado. Porém, é preciso ficar claro que não existe a necessidade da presença de elementos tecnológicos para se promover a inovação, muito pelo contrário, ela deve ser encarada como um processo, um exercício constante. Devemos investir muito mais tempo em práticas inovadoras e pessoas do que em bens duráveis.

Uma boa sugestão de roteiro para qualquer instituição seria: primeiro, estimule e garanta espaço para a geração de ideias, seja por meio de qualquer ação ou uso das inúmeras ferramentas disponíveis no mercado. Prepare uma sessão de Brainstorm, por exemplo, que é a dinâmica de gerar uma tempestade de ideias. Uma vez geradas as ideias, organize-as e desenvolva as mais apropriadas, definindo os próximos passos. Faça dessa rotina uma política vigente interna. Nesse sentido, é necessário que ela consiga ter sinergia com a visão e a missão institucional, ou seja, precisa necessariamente ser pertinente e conseguir engajar o maior número de funcionários, a fim de estimular a práxis do movimento inovador.





Estabelecidas essas diretrizes, a inovação passa a ser uma questão de atitude e, para tal, são necessárias pessoas que façam a diferença, que sejam críticas, que não se acomodem com o que já está estabelecido e proponham as mudanças necessárias, principalmente visando melhorias e diferenciação frente à concorrência no mercado.

Ampliando um pouco nossa faixa de stakeholders, nossos clientes também podem e devem ser agentes importantes de inovação. Se conseguirmos estabelecer canais ou ferramentas para ouvi-los, para que eles possam avaliar nossos produtos e serviços, eles terão voz ativa e nos dirão, sem custo algum, o que pensam e como imaginam que podemos melhorar nosso trabalho.

Se entendermos o caráter processual da inovação, enquanto um conjunto de etapas, certamente estaremos caminhando rumo a um cenário de aperfeiçoamento constante de nossas práticas.

Sendo assim, vamos lá! Considere as três principais etapas desse processo – que são Invenção, Criatividade e Inovação – e bem-vindos ao cenário e ao tempo em que inovar é mais que uma necessidade, é uma atividade diária embutida em nossos fluxos de trabalho.





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JOÃO CARLOS GOIA é gerente do Senac Piracicaba, jornalista pós-graduado em mídias e mestre em educação.

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