Médicos cubanos que atuam em Piracicaba serão substituídos por brasileiros


Foto: Junior Cardoso / PIRANOT

Rogério Luiz Zeraik Abdalla, secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, pasta ligada ao Ministério da Saúde (MS), afirmou, em reunião de trabalho no gabinete do prefeito Barjas Negri, durante a manhã de hoje (18), que os 25 médicos cubanos que trabalham na rede de Atenção Básica (AB) do Município, dentro do Programa Mais Médico, serão substituídos por médicos brasileiros. Garantiu, inclusive, que serão substituídos o mais rápido possível, antes do prazo de encerramento de contrato entre o governo brasileiro e cubano, em junho, quando todos os profissionais ligados ao programa devem voltar ao país de origem.



De acordo com a coordenadora médica da AB, Anay Ferrer, alguns médicos já concluíram seus contratos e deixaram o programa, outros estão deixando, em um processo gradativo. A maioria, no entanto, tem contrato garantido até junho, quando a rede pública ficaria com 25 médicos intercambistas a menos nas Unidades de Saúde de Família (USF), onde atuam. “Já fizemos tudo o que o MS exige para garantirmos a vinda de novos profissionais dentro do programa. No entanto, até o momento, não tivemos as respostas que precisamos, que é a certeza da reposição desses médicos antes do final do contrato com os cubanos, o que nos deixá desassistido”, explicou.

Abdalla enfatizou que na segunda-feira, 22, tomará todas as medidas necessárias para acelerar o processo e que a cidade pode ficar tranquila em relação a isso. “Vocês terão os 25 médicos que precisam, com certeza, e eles chegarão antes de junho”. Explicou também que o Mais Médico não contará mais com os cubanos, que serão substituídos por médicos brasileiros formados no exterior e novos profissionais que estão chegando ao mercado de trabalho.

“Aqueles que se formaram fora do país devem passar pelo Revalida – Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedido por Instituição de Educação Superior Estrangeira – e poderão atuar no país. Esse ajuste será rápido”. Segundo Abdalla, esses profissionais não terão como opção escolher onde desejam atuar. “Terão de ir para onde determinarmos, que são as regiões que mais precisam. Essa é a condição para que ingressem no programa”.





Anay falou também sobre o programa Requalifica UBS, do MS, para reforma e construção de unidades de saúde. “O sistema está fechado para que possamos inscrever nossos projetos, sendo que havia prazo para isso, o que nos preocupa”, explicou. O secretário garantiu também que vai se inteirar da questão e dará resposta o mais rápido possível, a fim de evitar os problemas que possam comprometer o município.

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CERTIFICAÇÃO HFC – Outro ponto importante da reunião foi a certificação do Hospital Plantadores de Cana (HFC), que corre o risco de não poder mais atender pacientes do SUS caso perda o credenciamento, que está sub judice, de acordo com o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba (Afocapi), mantenedora do HFC, José Coral.

“Nós já comprovamos tudo que nos foi exigido pelo MS, que prestamos os serviços e recebemos do município pelos serviços prestados. No entanto, ainda há pendência relativa a um período em que o contrato entre o HFC e o município não estava formalizado, o que está colocando nossa certificação em risco, mesmo com todas as provas de que nada de irregular aconteceu. Abrimos inclusive um mecanismo para manifestação pública sobre a importância do HFC para Piracicaba. Mas por causa de uma vírgula, estamos nessa situação de incerteza. Se de fato perdermos o credenciamento, será o caos na cidade em termos de atendimento hospitalar para os pacientes SUS”, explicou Coral.





Abdalla garantiu, mais uma vez, que na segunda-feira, a primeira coisa que vai fazer, é se inteirar do que está acontecendo para equacionar o problema. “Vou levar isso adiante, pode ter certeza, inclusive porque não estamos falando apenas de Piracicaba, mas de uma região assistida pelo hospital”, enfatizou o secretário.





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