Aline Pereira de Godoi Furlan foi uma modelo cuja história chocou todo o país. O Caso Aline Furlan, como ficou conhecido, teve início no dia 15 de julho de 2016, quando a modelo desapareceu após ser flagrada, pela última vez, em uma casa noturna de Piracicaba conhecida como “Cachaçaria Água Doce”, no bairro da Vila Rezende.
Ali, Aline foi vista pela última vez antes de desaparecer para sempre. A história da modelo de 28 anos é recheada de mistérios, até porque ela já vinha demonstrando um comportamento fora do normal pouco antes de desaparecer.
De acordo com a dona de uma agência de modelos de Limeira, para quem Aline chegou a trabalhar, a modelo vinha rejeitando ofertas de trabalho nos últimos meses. Em alguns compromissos, inclusive, chegou a faltar sem dar nenhuma justificativa, coisa que a modelo, sempre muito profissional, nunca havia feito. A declaração foi dada para a TV Record na penúltima semana de julho de 2016.
Outro fato que abalou os colegas foi que o desaparecimento da jovem Aline Furlan ocorreu no mesmo dia de um julgamento que a modelo tinha marcado na cidade de Vinhedo. Na ocasião, ela seria julgada por conta de um acidente de trânsito provocado por ela no final de 2015. A vítima do acidente pedia à justiça uma indenização no valor de R$ 20 mil reais, fato que a família da jovem modelo desconhecia. Como se não bastasse, a modelo havia se envolvido em outro acidente e fora condenada a pagar uma indenização no valor de R$ 11 mil reais. A família, na época, alegou não conhecer os processos e disse ainda que desconhecia esse seu comportamento no trânsito.
A jovem era moradora do município de Santa Bárbara D’Oeste, região de Piracicaba, e assim que seu desaparecimento tomou força, todos se mobilizaram a fim de encontrá-la. Uma reportagem do “Brasil Urgente”, da TV Bandeirantes, veiculou no dia 21 de julho (seis dias após seu sumiço) que um morador teria logrado êxito em enviar uma mensagem ao Facebook da modelo e, mais, que a mensagem havia sido visualizada. Na época, a dúvida que pairou no ar foi ou Aline ainda estava vivo naquele período ou que alguém tinha acesso à rede social da jovem.
Conforme os dias se passavam, a probabilidade de Aline Furlan ter se envolvido em algo grave aumentava. Ao programa da TV Bandeirantes, Creusa Pereira Godoi, mãe da modelo, comentou que a filha talvez pudesse estar em um cativeiro. “Eu vou acender uma vela branca para o anjo da guarda dessa pessoa que está com a minha filha”, afirmou a mãe na época.
No dia 31 de julho, as dúvidas chegaram ao fim. Na manhã daquele dia, o corpo da modelo Aline Furlan, de 28 anos, foi encontrado às margens da Rodovia Luiz de Queiroz, já na região de Santa Bárbara D’Oeste, debaixo de seu Toyota Corola. Segundo depoimento de uma testemunha, eles trafegavam pela rodovia quando, no meio do mato, avistaram algo brilhando dentro do mato, em uma ribanceira. Era por volta das 10 horas. “Paramos o carro e acionamos a polícia”, comentou.
A Polícia Militar de Piracicaba e de Santa Bárbara D’Oeste, além da Guarda Civil, foram acionadas ao local e constataram que o veículo realmente pertencia à modelo desaparecida. Constataram também que a Aline se acidentou após uma noite de muita diversão ao lado dos amigos.
O velório de Aline Furlan aconteceu sob muita comoção no dia 01 de agosto de 2016, no Velório Municipal Berto Lira. Às 10 horas, o corpo foi sepultado no Cemitério da Paz. Foi só aí que a dor chegou ao fim, e as lembranças começaram.