Laudos da perícia concluíram que a menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de apenas nove anos, foi estuprada e morta por asfixia mecânica em 29 de setembro no Parque Anhanguera, na Zona Norte de São Paulo.
A Polícia Civil ainda aguarda o resultado do cruzamento do material biológico encontrado na vítima com o do DNA do adolescente de 12 anos, até então amigo de Raíssa, que confessou o crime e ainda afirmou que agiu sozinho. De acordo com informações, apenas com o resultado desse exame será possível concluir se o jovem cometeu sozinho mesmo o crime ou se teve ajuda de outra pessoa.
Dois laudos já concluíram que a menina foi espancada, estuprada violentamente e morreu sem conseguir reagir. Os documentos foram encaminhadas ao Ministério Público.
O adolescente de 12 anos está apreendido na Fundação Casa desde o dia que confessou o crime e é o único internado no estado pelo crime de homicídio.
Relembre o caso
A menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de nove anos, foi encontrada morta na tarde do domingo, 29 de setembro de 2019, no Parque Anhanguera, na região de Perus, Zona Norte de São Paulo, após desaparecer de uma festa em um Centro Educacional Unificado (CEU) municipal na região.
A criança fazia tratamento para autismo há um ano e seu corpo foi encontrado pendurado em uma árvore por uma tira amarrada no pescoço. A árvore fica dentro de uma área reservada a funcionários do parque, há dois quilômetros do CEU.
No rosto da criança tinham manchas de sangue, além de algumas lesões nos ombros.
Em depoimento à polícia, a mãe de Raíssa contou que levou a garota e o irmão mais novo para uma festa no CEU Anhanguera por volta das 12h do domingo (29). O local estava cheio de crianças.
Em determinado momento, a mãe deixou a filha no pula-pula e foi buscar pipoca para o outro filho. Ao retornar, Raíssa havia desaparecido.
Adolescente confessa ter matado Raíssa
O adolescente de 12 anos confessou ter matado sozinho Raíssa. Segundo a Polícia Civil, a confissão ocorreu na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro de São Paulo. Ele se recusou a dizer a motivação do crime.
Câmeras de segurança gravaram a menina e o adolescente antes do crime. Nas imagens, eles aparecem caminhando de mãos dadas. (veja foto acima)
O adolescente que confessou o assassinato prestou depoimento na 5ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente do DHPP, acompanhado pelos pais. De acordo com informações, ele foi descrito como frio pelos policiais, pois só respondia aos questionamentos dizendo “sim” ou “não”.