A ONG Casvi, ligada aos direitos LGBTQI+ em Piracicaba e organizadora da Parada do Orgulho Gay local, se envolveu em uma grande polêmica após promover um evento onde houve apologia a organização terrorista Ku Klux Klan (KKK), conhecida por perseguir, torturar e matar milhares de negros e quem os defendiam no século XIX.
Segundo uma postagem no Facebook, em um evento do dia 26 de outubro, uma festa de Halloween, uma drag queen teria feito uma performance que lembrava a atuação da KKK. Ela não foi identificada.
10 dias após a apresentação e com a repercussão nas redes sociais, entidades locais e de outras partes do Brasil e do mundo criticaram a ONG Casvi pelo evento e a não interrupção da apresentação. O caso deve parar na polícia e ser investigado como apologia e crime de racismo.
Em entrevista a um jornal impresso, um representante da Casvi disse que não sabia do teor da apresentação e que optou por não censurar a apresentação ‘artística’. Com isso, mais uma vez, volta-se ao centro do debate até que ponto certas coisas é cultura ou não.
Além das criticas, a cantora Urias, escudeira de Pablo Vittar, cancelou o show que faria no domingo durante a Parada LGBTQI+ de Piracicaba.
Protesto
Nesta sexta-feira (08), um protesto foi marcado às 16 horas na sede da ONG Casvi, Rua Aquelíno Pacheco, 512, em Piracicaba, contra a apresentação da drag queen. O ato acontecerá durante o Encontro Estadual do Fórum LGBT.
O que é a KKK
A Ku Klux Klan é uma organização terrorista que surgiu nos Estados Unidos ainda no século XIX, logo depois da Guerra Civil Americana. Criada como uma diversão pelos seus organizadores, a Klan tornou-se um grupo que promoveu o terror no sul dos Estados Unidos. Perseguia, espancava e assassinava negros libertos e pessoas que defendiam os direitos civis para os afro-americanos.
Ficou muito conhecida por enforcar suas vítimas e promover incêndios criminosos em casas que eram habitadas por negros. Os membros da Klan utilizavam uma roupa macabra para espantar suas vítimas e também para esconder suas identidades, como fez na apresentação a drag queen, cuja identidade é desconhecida até o momento. A partir da década de 1920, passaram a incendiar cruzes, o que ampliou o ar macabro da organização.
*** Com informações do site A História do Mundo (https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/ku-klux-klan.htm).