O ex-BBB20 Felipe Prior chegou à 1ª Delegacia de Polícia da Defesa da Mulher de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (24), onde prestou depoimento sobre as acusações de estupre que ele teria, supostamente, cometido antes de entrar no reality da Globo.
Acompanhado de seus advogados, o arquiteto chegou ao local usando uma máscara de proteção, como pede as autoridades de saúde neste período de calamidade pública e pandemia do Covid-19.
Na última semana, a Justiça já havia negado o trancamento do inquérito, habeas corpus preventivo, ao Felipe Prior. A defesa do ex-BBB20 havia entrado com um pedido do recurso para que as denúncias de estupro fossem extintas em decorrência do tempo em que aconteceram.
As mulheres que acusam Felipe Prior de estupro já prestaram depoimento na delegacia. A identidade das moças não foram reveladas nem mesmo no inquérito policial com a finalidade de proteger as, supostas, vítimas.
Acusações
Primeiro caso
Themis narra que Felipe Prior teria tentado tirar sua roupa e aberto a própria calça, deixando sua genital para fora. Como ela estava embriagada, disse que não conseguiu resistir fisicamente, mas teria dito diversas vezes que não queria ter relações sexuais.
De acordo com o documento obtido com exclusividade pela Marie Claire, Themis narra que Felipe Prior teria reagido aos gritos dizendo “para de ser fresca, no fundo você quer, não é hora de se fazer de difícil” e, diante das negativas de Themis, insistido: “quer sim”. Neste momento, Felipe teria, supostamente, estuprado a jovem em seu carro e só parou quando a machucou.
Após o suposto estupro, Themis relatou a mãe que estava com um ferimento em suas partes íntimas e que sentia dor. “A mãe pediu à filha que se deitasse e olhou, e notou um corte de cerca de três dedos de comprimento na região genital da filha, profundo o suficiente para chegar até o músculo. A filha da declarante relatava muita dor e o sangramento estava muito intenso”, relata o documento.
Segundo caso
A advogada descreve o suposto caso como crime de tentativa de estupro, praticado em setembro de 2016, durante os jogos universitários Interfau, contra a vítima Freya (também pseudônimo). Ela descreve que Felipe Prior teria tentando conter a vítima fisicamente por meio do uso da força, mas não conseguiu e a vítima escapou.
Terceiro caso
O terceiro relato é de crime de estupro, supostamente, praticado durante os jogos Interfau em setembro de 2018, tendo como vítima a testemunha protegida sob o pseudônimo Ísis. A jovem descreve que Felipe Prior teria tentando se aproveitar de sua embriaguez para ter relações sexuais, com uso de violência física, mesmo diante do choro e gritos da vítima.
De acordo com o relato de Ísis, protocolado no documento que acusa Felipe Prior de estupro, a jovem só teria conseguido deixar o local no dia seguinte e testemunhas teriam ouvido seus gritos pedindo pra que ele, supostamente, parasse.
Quarto caso
Felipe Prior foi acusado por outra, suposta, vítima de estupro. O novo relato do suposto estupro cometido por Felipe Prior teria acontecido em 2015, no entanto, as circunstâncias e detalhes do ocorrido não foram revelados.
Felipe Prior nega acusações
Felipe Prior nega as acusações através de nota assinada por seus advogados, Carolina Tieppo Pugliese Ribeiro, Rafael Tieppo Pugliese Ribeiro e Celly F. de Mesquita Prior.
“Felipe Prior nega todas as falsas acusações disseminadas contra ele e reafirma sua inocência. Felipe Prior jamais cometeu qualquer ato de violência sexual. A equipe jurídica de Felipe Prior está empenhada e tomará todas as medidas cabíveis para refutar todas as acusações. Reiteramos: o crime que existe é cometido por anônimos que o acusam e por aqueles que difundem essas acusações, causando prejuízos à sua integridade e à sua imagem.”