Uma confusão entre um segurança de um supermercado e um homem que tentava entrar no estabelecimento sem máscara terminou na morte de uma mulher na tarde desta terça-feira (28), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.

Segundo a Guarda Municipal, um cliente do estabelecimento tentou entrar no supermercado por volta das 15h30 sem usar o equipamento de proteção, mas foi impedido pelo segurança do local. O uso da máscara é obrigatório no comércio da cidade por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
O segurança e o cliente entraram em luta corporal. Durante a briga, o homem tentou tirar a arma do segurança, que acabou atirando e atingindo o cliente de raspão. Antes da confusão com o segurança, o homem havia agredido um outro funcionário do supermercado que ofereceu uma máscara a ele.
Ainda em luta corporal, o segurança atirou novamente, mas acabou atingindo a fiscal da loja que tentava acalmar a situação. O disparo acertou o pescoço da funcionária de 45 anos. Ela não resistiu e morreu no local.
Já o cliente foi atingido na região abdominal. Ele recebeu atendimento e precisou ser levado de helicóptero da Polícia Militar para um hospital de Curitiba. Por volta das 22h de ontem (28), ele chegou na delegacia para ser ouvido. Segundo a polícia, ele pode responder por perturbação à organização de trabalho, duas lesões corporais, homicídio e violação à determinação do poder público para evitar doenças contagiosas.
Veja a nota da rede de Supermercados Condor
“A rede lamenta profundamente o ocorrido em sua loja de Araucária e informa que está prestando todo o apoio e ajuda à família. A empresa também está contribuindo com as investigações e prestando todos os esclarecimentos necessários para que as autoridades esclareçam os fatos.
Segundo informações obtidas pela Guarda Municipal de Araucária, o incidente foi desencadeado por um cliente que tentou entrar no estabelecimento sem máscara e, que ao ser informado sobre o decreto Municipal que exige o uso da EPI, agrediu o funcionário, que inclusive tentou oferecer uma máscara da empresa, sem custo, para que ele pudesse fazer as suas compras.
O funcionário agredido pediu ajuda pelo rádio para empresa terceirizada de segurança. O cliente e o vigilante estavam calmamente se direcionando para a entrada da loja, onde o cliente iniciou uma série de agressões contra o vigilante e tentou pegar a arma do segurança.
Houve um disparo que atingiu de raspão o cliente agressor e um disparo que atingiu a fiscal de loja, que estava tentando apaziguar a situação e prestar os esclarecimentos sobre os decretos.”