A Corte de Cassação de Roma, última instância da justiça italiana, rejeitou o recurso apresentado pelo atacante Robinho e por Ricardo Falco, amigo do jogador, e confirmou nesta quarta-feira (19) a condenação dos dois a nove anos de prisão por violência sexual de grupo cometida contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão no dia 22 de janeiro de 2013. A sentença é definitiva, não cabe mais recurso.
A vítima mora na Itália há alguns anos e naquela noite foi com uma amiga à boate para comemorar seu aniversário de 23 anos. Ela afirma que foi embriagada e abusada sexualmente por seis homens dentro do camarim do local enquanto estava inconsciente. Os advogados de Robinho e Falco dizem que a relação foi consensual.
Segundo informações do site da Globo, “mesmo com a condenação em última instância, Robinho e Falco não poderão ser extraditados para a Itália, já que a Constituição de 1988 proíbe a extradição de brasileiros. Além disso, o tratado de cooperação judiciária em matéria penal entre Brasil e Itália, assinado em 1989 e ainda em vigor, não prevê que uma condenação imposta pela justiça italiana seja aplicada em território brasileiro. Assim, Robinho e Falco correm o risco de serem presos somente se realizarem viagens ao exterior – não necessariamente à Itália. Para isso, o Estado italiano precisa emitir um pedido internacional de prisão que poderia ser cumprido, por exemplo, em qualquer país da União Europeia”, diz a matéria.