Agora são 20h. Voltamos em plantão para informar que há mais de uma hora noticiamos em plantão a queda de um avião com 14 mortos em Barcelos, no norte do Amazonas. 14 pessoas morreram. Diferente do que foi informado mais cedo pela Prefeitura local e pelas emissoras de TV news como a CNN, o governador do estado, Wilson Lima, contradisse informações iniciais e esclareceu que todas as vítimas são brasileiras, refutando as declarações que teriam sido dadas pelo prefeito e do Corpo de Bombeiros local.
Neste horário sabe-se que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) já iniciou uma investigação sobre as circunstâncias do acidente, que ocorreu nas proximidades do aeroporto da cidade, situada a cerca de 400 km da capital do estado, Manaus.
Há pouco, o governador Lima informou que, de acordo com os dados disponíveis, as 14 vítimas fatais eram todas turistas brasileiros e não estadunidenses, como as autoridades informaram mais cedo. São 12 passageiros e os dois tripulantes.
O avião havia partido de Manaus com destino a Barcelos e, durante a tentativa de pouso, as más condições climáticas foram um fator relevante.
“Acabamos de concluir a retirada dos corpos. São todos brasileiros, turistas. Estamos no verão amazônico, época da prática da pesca esportiva. Provavelmente esse pessoal estava indo pescar no Rio Negro”, afirmou o governador.
As circunstâncias do acidente ainda estão sendo apuradas, mas Wilson Lima sugeriu que o piloto pode ter cometido um erro ao tentar aterrissar em condições climáticas desfavoráveis, tocando o solo numa área mais barrenta, o que resultou em um pouso frustrado.
A falta de estrutura de câmaras frias no Instituto Médico Legal da cidade levou à decisão de acomodar os corpos no auditório de uma escola local.
A aeronave envolvida no acidente, de acordo com o registro da Agência Nacional de Aviação (Anac), tinha capacidade para transportar até 18 passageiros e estava autorizada para operações de táxi aéreo.
O secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Vinícius Almeida, também revelou que há informações extraoficiais indicando que duas outras aeronaves optaram por retornar a Manaus antes do acidente, devido à falta de segurança nas condições de pouso no aeroporto de Barcelos.
Uma equipe da Defesa Civil e investigadores do Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VII) estão atuando na cidade para prestar assistência e esclarecer as circunstâncias do trágico acidente. A chuva intensa na região também provocou falta de energia elétrica e prejudicou as comunicações na cidade, tornando ainda mais desafiadora a resposta a essa calamidade.