Sempre ‘cult’ e ‘fina’, Globo “chocou” ao fazer primeira contenção de crise ao dizer que ‘se sentiu chantageada’ por demitida

Uma foto do logo da Globo

Foto: Globo





A “contenção de crise” passou a ser uma técnica jornalística de uso comum na nossa atual realidade. Devido às proporções que os temas da vida cotidiana têm tomado nas redes sociais, ela tem sido cada vez mais usada. Um dos primeiros casos que chocou o público e o mercado de comunicação foi o seu uso na demissão de Camila Queiroz, a “Angel”, de “Verdades Secretas”, da Globo.





Após ser demitida e ter cenas finais na segunda temporada gravadas por uma dublê de costas, durante o início do pós-pandemia, uma crise tomou conta da TV Globo ao demitir a protagonista da série, um fenômeno de audiência no aplicativo do grupo chamado de GloboPlay, líder no país em número de usuários, mas dono de apenas 0,2 pontos da audiência total de conteúdo audiovisual, quando se soma TV + internet, ficando nas últimas posições, atrás da RedeTV! e canais por cabo/assinaturas.

Fãs de Camila e a imprensa se indignaram com a demissão da protagonista da Globo, que na época estava no ar em um reality-show que apresentava com o namorado, Kleber Toledo, na Netflix. Por causa disso, o grupo decidiu matar a personagem em uma terceira temporada. A atriz não aceitou gravar as cenas, alega até hoje que ficou doente nos últimos dias de contrato com o GloboPlay e não conseguiu gravar as cenas, mas tentava negociar a “não morte” de Angel, pois queria estar na futura temporada.

Diante do caos que se tornou a repercussão da demissão, a Globo emitiu uma nota e tornou tudo público. Alegou que Camila estaria, talvez, com más intenções, estaria insistindo na não morte da personagem e disse que se sentia, digamos, “chantageada” diante da situação, o que a levou a gravar as cenas finais com uma dublê de costas.

O comunicado da Globo assustou o mercado de comunicação na época. A apresentadora Cátia Fonseca, ao noticiar a nota na Band durante o “Melhor da Tarde”, questionou a equipe algumas vezes: “A Globo mesmo escreveu isso?” e ponderou: “Nunca vi a Globo fazendo isso, é grave, precisamos levar em consideração isso.”

Este foi o primeiro grande caso de contenção de crise do país.





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