Conforme noticiamos ontem (28), a CBS, emissora que comprou da Warner Bros os direitos de transmissão de “Friends”, testou os primeiros episódios com um grupo de pesquisa com pessoas comuns. Elas são levadas para uma sala e, nesta sala, assistem um conteúdo, ou são informados sobre algo, e emitem opiniões.
No caso de “Friends”, dias antes da estreia, um instituto de pesquisa foi contratado para ouvir pessoas comuns. Elas assistiram os primeiros episódios e opinaram, durante e depois, de cada episódio. Com o resultado, a emissora convocou os protagonistas para uma reunião em Las Vegas onde deu U$ 300 dólares para cada protagonista alegando que, era as últimas horas deles “livres”, pois naquele horário no dia seguinte, eles seriam os rostos mais conhecidos em 1994 em todo o mundo.
Não há relatos de como eles viveram essa noite, só do dia seguinte da estreia, quando estavam nas capas de todos os jornais e revistas. Já o jingle de abertura, se tornava a música mais tocada por dois meses nos Estados Unidos.
Entenda a seguir como funcionam grupos de pesquisas. No Brasil, a Globo promove eles para novelas e programas com problemas de audiência e políticos em campanhas.
Os grupos
Um grupo de pesquisa é uma organização de pessoas que desenvolvem pesquisas e trabalhos em determinada área do conhecimento. Os grupos de pesquisa podem ter diferentes objetivos, como produzir conhecimento científico, resolver problemas práticos, inovar em produtos ou processos, formar novos pesquisadores, entre outros.
Os grupos de pesquisa são formados por pesquisadores líderes, que são os responsáveis por coordenar e planejar as atividades do grupo, através de institutos de pesquisas.
Em diferentes áreas e objetivos, pessoas são convocadas para assistir, testar, provar e, até, sentir o cheiro de um carro 0Km recém fabricado. Os dados são cruzados e viram um relatório cientifico que auxiliam as empresas sobre o que está no mercado e não está indo bem, o que vai ser alterado no mercado e o impacto dessa alteração, ou um novo produto ou serviço. Também são feitos em campanhas políticas de diferentes formas e jeitos, incluindo pessoas assistindo debates ao vivo e opinando, sem saber para qual candidato. Neste caso, uma pessoa da equipe fica assistindo por câmeras ou janelas as conversas dos grupos e transmite para quem está acompanhando o candidato na TV e, nos intervalos, vai fazendo os ajustes e correções.
No Globoplay, o documentário “Entreatos”, de 2004, mostra a corrida eleitoral para presidente em 2003. A partir de 01:33:20 segundos, acompanhe como funciona esse tipo de pesquisa em debates de televisão.
Importante frisar é que, todos os candidatos usam este tipo de pesquisa, além da indústria, comércio e serviços.