A Defesa Civil de Maceió confirmou neste domingo (10) que houve um rompimento parcial da mina da Braskem que estava sob risco de colapso no bairro do Mutange. O rompimento causou um impacto na Lagoa Mundaú, que fica próxima à mina. A Prefeitura divulgou imagens que mostram a alteração na lagoa.
A mina é uma das 35 que a empresa usava para extrair sal-gema na capital alagoana. A atividade gerou rachaduras e afundamentos em cinco bairros da cidade, atingindo cerca de 60 mil pessoas. A mineração foi paralisada em 2019 e a empresa estava fechando as minas.
Em novembro, após uma série de tremores de terra, a Defesa Civil alertou que a mina número 18, no Mutange, poderia desabar a qualquer momento. O desastre poderia abrir uma cratera do tamanho do Maracanã e afetar outras duas minas vizinhas.
A área ao redor da mina foi totalmente evacuada, assim como a maior parte dos bairros Pinheiro, Bom Parto, Bebedouro e Farol. Segundo a Defesa Civil, o rompimento da mina não representa risco para as outras áreas. A população que mora nesse entorno está a uma distância média de 2 quilômetros do local.
O coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, disse para a TV Globo que o rompimento foi isolado e que não há risco de novos rompimentos na área. Ele afirmou que o ritmo da movimentação do solo está diminuindo e que os técnicos estão avaliando os danos ambientais causados pelo rompimento. Ele também pediu para as pessoas ficarem longe do local.
A Braskem informou que continua monitorando a situação e que está cumprindo o acordo com o Ministério Público para indenizar e realocar as famílias afetadas pelo problema.