Depois de “Pantanal”, Globo inicia remake de “Xica da Silva”, “a escrava que virou rainha” para 2025

Baseada em fatos reais, misturada com lenda, Francisca da Silva viveu em Diamantina (MG), onde há um museu em sua homenagem. Na época do Brasil colônia de Portugal, um comendador do rei se encantou e casou com uma escrava, chocando o mundo que passou a falar sobre a "escrava que virou rainha".





Foto: Manchete

A Globo está investindo em remakes de novelas de sucesso de outras emissoras. Depois de “Pantanal”, que foi exibida originalmente pela extinta TV Manchete em 1990, a emissora carioca anunciou que vai produzir uma nova versão de “Xica da Silva”, outro sucesso da Manchete, que foi ao ar em 1996.





“Xica da Silva” conta a história de Francisca da Silva de Oliveira, mais conhecida como Chica da Silva, uma escrava que se tornou uma das mulheres mais poderosas e influentes da sociedade colonial de Minas Gerais no século XVIII. Chica da Silva conquistou sua alforria e se casou com João Fernandes de Oliveira, um dos maiores contratadores de diamantes da região. Juntos, eles tiveram 13 filhos e viveram no luxo, escandalizando a elite branca e racista da época.

A novela é baseada nos livros “Chica que Manda”, de Agripa Vasconcellos, e “Xica da Silva”, de João Felício dos Santos, e foi escrita por Walcyr Carrasco, sob o pseudônimo de Adamo Angel. A direção geral foi de Walter Avancini, que faleceu em 2001. A protagonista foi interpretada por Taís Araújo, que se tornou a primeira atriz negra a protagonizar uma novela brasileira. O elenco ainda contou com Victor Wagner, Drica Moraes, Murilo Rosa, Adriane Galisteu, Zezé Motta, entre outros.

A nova versão de “Xica da Silva” está prevista para estrear em 2025, no horário das 21h. A Globo ainda não divulgou quem serão os responsáveis pela adaptação, nem quem serão os atores escalados. A expectativa é que a novela mantenha o tom de drama, romance e erotismo da original, mas também traga uma abordagem mais crítica e atual sobre temas como escravidão, racismo, machismo e violência.

“Xica da Silva” foi um grande sucesso de audiência e repercussão na época em que foi exibida pela Manchete, chegando a alcançar médias de 20 pontos no Ibope. A novela também foi vendida para mais de 20 países, como Portugal, Espanha, Itália, Argentina, México, Venezuela, Colômbia, Peru, Chile, Angola, Moçambique, entre outros. Em 2005, a novela foi reprisada pelo SBT, com cortes e edições, e obteve bons índices de audiência.

A novela também teve um impacto positivo no turismo da região de Diamantina, onde se passa a história. A cidade, que é patrimônio histórico da humanidade, recebeu milhares de visitantes que queriam conhecer os cenários e as belezas naturais da região. A casa onde Chica da Silva viveu com João Fernandes, por exemplo, tornou-se um museu e uma atração turística.

Chica da Silva é uma personagem histórica que ainda desperta interesse e curiosidade do público. Além da novela, ela já foi retratada em filmes, livros, peças de teatro e músicas. Sua história é um exemplo de resistência, superação e empoderamento de uma mulher negra em uma sociedade opressora e desigual.





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