Agora são 20h desta terça-feira (30), intensa. O PIRANOT entra em urgente para informar que os trabalhadores da Mausa S/A Equipamentos Industriais decidiram entrar em estado de greve. A empresa não respondeu às tentativas de contato feitas pelo PIRANOT até o momento desta publicação.
A decisão de entrar em estado de greve foi tomada na noite do último dia 22 durante uma assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba e Região, por meio de voto secreto e individual, na porta da empresa localizada no Distrito Unileste, em Piracicaba. Nesta manhã, o sindicato voltou na porta da empresa no Unileste.
Segundo a diretoria do Sindicato, a primeira parcela da Participação de Lucros e ou Resultados (PLR) foi paga no mês de novembro do ano passado. Ocorre que a segunda parcela não foi paga e a empresa alega que os trabalhadores não atingiram as metas do ano estabelecidos por ela.
Nesta terça-feira (30), a diretoria do Sindicato realizou uma nova assembleia em frente à empresa para informar os trabalhadores sobre as negociações, uma vez que a empresa não efetuou o pagamento do benefício.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba e Região, Wagner da Silveira (Juca), a situação da empresa é preocupante. “A diretoria do Sindicato está acompanhando de perto a situação dos trabalhadores. Temos uma ação coletiva referente ao não pagamento do FGTS, agendada para o mês de setembro. E agora, enfrentamos mais essa questão do PLR, onde buscamos manter os acordos realizados junto com as empresas, já que o benefício é fruto de uma negociação garantida pela Convenção Coletiva”.
O Sindicato realizará uma nova assembleia com os trabalhadores no dia 2 de maio para apresentar se as negociações tiveram avanço.
PLR
A PLR é um benefício ao trabalhador, considerado um reforço no orçamento e garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho dos Metalúrgicos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba e Região, pioneiro do PLR no Brasil, todas as empresas com mais de 50 trabalhadores devem pagar o benefício. As negociações são realizadas entre trabalhadores, empresas e Sindicato, onde são estipulados valores e prazos para os pagamentos. Em caso de não pagamento, o Sindicato volta a atuar para que o valor seja devidamente pago.