Os guardas civis vítimas de um atentado na noite de ontem (16), em Charqueada, cidade da Região Metropolitana de Piracicaba, que tem sido uma das cidades mais citadas nas páginas criminais do Brasil nas últimas semanas, estavam entregues à própria sorte, já que nem rádio para pedir socorro eles tinham. A Prefeitura da cidade não teria assinado a contratação do sistema e há um bom tempo eles estão sem.
Conforme o PIRANOT informou ontem em plantão, por volta das 19h10, uma viatura que fazia o patrulhamento do bairro Alvorada II, local de intensa movimentação de traficantes, foi alvejada por quatro disparos de arma de fogo. Sem comunicação com a central, os guardas não tiveram como pedir socorro. O caso foi na Rua Helena Sartori Verdi.
Feridos, os guardas foram encaminhados ao hospital local. Procurada pelo PIRANOT nesta tarde (17), a Prefeitura de Charqueada transferiu a ligação para um ramal que só chamou e ninguém atendeu por algumas vezes.
As reclamações sobre a falta de segurança na cidade e da falta de estrutura da Guarda Civil chegam às redações de Piracicaba há cerca de dois anos. Após uma tentativa de apuração do PIRANOT, os guardas tiveram os coletes comprados, pois nem isso eles tinham, segundo denúncias. Na época, a Prefeitura também não retornou ao contato do portal da metrópole.
Com a grave situação da Guarda Civil, os problemas na segurança pública da cidade se agravam e Charqueada virou um grave problema para a Região Metropolitana, já que virou o principal destaque nas páginas criminais e programas policiais em horário nobre da televisão brasileira com os casos Yasmin, que segue desaparecida, e o da Victória, encontrada morta em um terreno após quase um mês desaparecida.
Em resposta à onda de violência, a Polícia Civil de Piracicaba e a Polícia Militar têm enviado equipes para a cidade, como foi o caso de ontem, quando nove viaturas da PM, Força Tática e Baep foram deslocadas para a cidade em busca do autor do atentado, ou autores. O caso segue em investigação.









