Na noite desta segunda-feira (23), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou a soltura de vários suspeitos presos no âmbito da Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Entre os beneficiados pela decisão estão a influenciadora Deolane Bezerra, sua mãe Solange Bezerra, e o empresário Darwin Henrique da Silva Filho, dono da Esportes da Sorte.
Deolane estava presa em uma cela especial no presídio de Buíque, no Agreste pernambucano, enquanto sua mãe, Solange, estava detida na Colônia Penal Feminina do Recife.
A decisão, assinada pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do caso, atendeu ao pedido de habeas corpus feito pela defesa de Darwin Henrique. Além dele, outras 16 pessoas, incluindo Deolane e Solange, foram beneficiadas com o relaxamento da prisão. No entanto, o cantor Gusttavo Lima, que teve sua prisão preventiva decretada mais cedo por suspeita de envolvimento no mesmo esquema, não foi contemplado pelo habeas corpus.
Entre os outros nomes liberados estão:
- Maria Eduarda Quinto Filizola
- Dayse Henrique da Silva
- Marcela Tavares Henrique da Silva
- Eduardo Pedrosa Campos
- Maria Aparecida Tavares de Melo
- Giorgia Duarte Emerenciano
- Maria Bernadette Pedrosa Campos
- Maria Carmen Penna Pedrosa
- Edson Antonio Lenzi
- José André da Rocha Neto
- Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha
- Rayssa Ferreira Santana Rocha
- Ruy Conolly Peixoto
- Thiago Heitor Presser
José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha, proprietários da empresa Vai de Bet, estão foragidos e teriam viajado com Gusttavo Lima para a Grécia, logo após a deflagração da operação.
O desembargador também impôs uma série de medidas cautelares aos investigados, como:
- Proibição de mudar de endereço sem autorização judicial;
- Proibição de se ausentar da comarca onde residem sem autorização;
- Proibição de frequentar empresas ligadas à investigação ou tomar decisões econômicas relacionadas a essas empresas;
- Proibição de fazer publicidade ou mencionar qualquer plataforma de jogos.
Os investigados também deverão comparecer à 12ª Vara Criminal da Capital para assinar um Termo de Compromisso. Além disso, os bloqueios de valores e sequestros de bens continuam em vigor, conforme pedido pela Polícia Civil.
A decisão foi embasada em um parecer do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que na última sexta-feira (20) solicitou novas diligências à Polícia Civil, argumentando que ainda não há elementos suficientes para oferecer uma denúncia formal. A falta de convicção do MPPE sobre a materialidade dos crimes foi o principal argumento para substituir as prisões preventivas por medidas cautelares.