Uma mulher foi presa na última segunda-feira (24) após proferir insultos racistas contra uma enfermeira em um Centro de Referência à Atenção Básica (Crab), no bairro Vila Rezende, em Piracicaba (SP).
De acordo com a Polícia Militar, a mulher ofendeu a enfermeira e outra funcionária do local com agressões verbais de cunho racial. Ela foi detida e levada ao Distrito Policial, onde permanece à disposição da Justiça.
Um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado para formalizar o caso.
O crime de racismo
O crime de racismo é previsto pela Constituição Brasileira e tratado de forma severa pela legislação. De acordo com a Lei nº 7.716, de 1989, o racismo é considerado um crime inafiançável e imprescritível, o que significa que os envolvidos não têm direito a fiança, e a acusação pode ser feita a qualquer momento, independente do tempo. A pena pode variar de um a três anos de reclusão, além de multa.
Diferentemente da injúria racial — outro tipo de crime relacionado à discriminação —, que envolve ofensas direcionadas a uma pessoa específica, o racismo se caracteriza quando há discriminação contra um grupo ou coletividade, atingindo a dignidade de uma comunidade racial.
A punição para a injúria racial também pode ser severa, especialmente após a aprovação da Lei 14.532/2023, que equiparou a injúria racial ao crime de racismo em termos de gravidade.
Casos de racismo podem ser denunciados em qualquer delegacia, além de órgãos especializados como a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, que atende por meio do Disque 100.
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