Uma pistola calibre 380 foi peça-chave para a Polícia Civil confirmar que Albino Santos de Lima, de 42 anos, ex-segurança do sistema prisional de Alagoas (AL) e considerado o maior assassino em série do estado, é o autor de pelo menos dez assassinatos. Ele está preso desde setembro deste ano.
Em depoimento, Albino confessou oito dos dez crimes atribuídos a ele pela polícia e admitiu que monitorava as vítimas por meio de redes sociais. No entanto, ele alegou que todas as suas vítimas faziam parte de uma organização criminosa, o que foi desmentido pelas investigações. As autoridades acreditam que o número de vítimas pode ser ainda maior.
Os investigadores descobriram que Albino registrava as datas de seus crimes em um calendário. Em alguns casos, ele chegou a visitar cemitérios e fotografar as lápides de suas vítimas.
Além disso, a polícia apontou que as mulheres assassinadas tinham características semelhantes: morenas, jovens e, na maioria das vezes, com cabelos cacheados. Uma das vítimas era uma jovem trans. Albino revelou em depoimento que planejava continuar cometendo crimes.
A arma utilizada foi fundamental para ligar Albino aos assassinatos. Peritos da Polícia Científica confirmaram que a pistola foi usada em várias das mortes. O DNA balístico foi inserido no banco nacional do Ministério da Justiça para cruzar informações e identificar possíveis outros crimes.
Albino Santos de Lima responderá por homicídio qualificado e outros três crimes relacionados. As investigações continuam para determinar o alcance total de seus atos.