
A morte de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, encontrada nua e com sinais de violência em uma área de mata de Cajamar, na Grande São Paulo, mobiliza a Polícia Civil em uma investigação complexa. Sete pessoas são investigadas por suspeita de envolvimento no crime, incluindo um ex-namorado, um “ficante”, dois jovens que estavam no ônibus com a vítima, dois homens que a assediaram em um carro e um rapaz que deixou o bairro após o crime. As principais linhas de apuração são vingança e ameaças que a adolescente teria sofrido antes de desaparecer.
Linha do tempo do crime
- 26/02/2025: Vitória desaparece após sair do trabalho em um shopping. Câmeras a mostram caminhando até um ponto de ônibus, onde enviou áudios a uma amiga relatando medo de dois homens em um carro e de outros dois rapazes que entraram no coletivo.
- 05/03/2025: Corpo é encontrado por cães farejadores da Guarda Civil Municipal (GCM) em uma área rural de Cajamar. A jovem estava com a cabeça raspada, marcas de violência e possíveis facadas.
- 06/03/2025: Velório no ginásio municipal e enterro sob comoção popular.
Quem são os investigados?
- Ex-namorado: A polícia pediu sua prisão temporária, mas a Justiça negou por falta de provas diretas. Ele se contradisse no depoimento, alegando ter visto mensagens de Vitória apenas às 4h, embora estivesse próximo do local do desaparecimento à 0h35.
- “Ficante”: Relacionamento recente com a vítima está sob análise.
- Dois jovens do ônibus: Testemunhas os viram entrar no coletivo com Vitória.
- Dois homens do carro: Assediaram a adolescente no trajeto; polícia busca identificar se usaram o veículo para segui-la.
- Rapaz que emprestou o carro: Suspeito de fornecer o automóvel aos assediadores e deixar o bairro após o crime.
Observação: Nenhum suspeito foi preso até o momento, e a polícia não descarta participação de facção criminosa.
Hipóteses do crime
- Vingança: Investigam se alguém ordenou o assassinato por motivos pessoais.
- Ameaças: Familiares relataram que Vitória sofria intimidações recentes.
- Cativeiro e tortura: A polícia acredita que a vítima foi sequestrada, torturada e depois abandonada na mata.
Repercussão e investigação sigilosa
O caso gerou comoção nacional, com o velório reunindo centenas de pessoas em Cajamar. A perícia ainda não divulgou a causa oficial da morte, mas há indícios de esfaqueamento.
A delegacia mantém sigilo sobre detalhes, mas o delegado Aldo Galiano, responsável pelo caso, afirmou que o assassino “provavelmente mora no bairro” e que há “pistas fortes” sendo analisadas.