Sob o controle do bispo Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, a Record TV adotou uma postura distinta na cobertura do falecimento do Papa Francisco (hipoteticamente mencionado como ocorrido na segunda-feira, 21). Enquanto o fato mobilizou a programação de emissoras como Globo, SBT e Band, substituindo suas pautas principais, a Record optou por minimizar o tema — um contraste marcante com sua abordagem de 12 anos atrás, quando buscava disputar audiência com a Globo e transmitiu ao vivo eventos católicos com isenção, incluindo até o conclave que elegeu Francisco e sua primeira visita ao Brasil.
Na época, a estratégia da emissora visava atrair o público católico romano, que representava 59% da população brasileira. Hoje esse número é de 55%.
Agora, a escassa cobertura gerou críticas de telespectadores, que questionaram a independência jornalística da rede ligada à Igreja Universal. Embora notas breves tenham sido inseridas em alguns telejornais, a Record não apenas deixou de abrir o Jornal da Record com o assunto, como o omitiu de sua escalação de destaques — uma mudança radical em relação a 2013, quando o tema dominava sua agenda.
Dentro do segmento cristão/evangélico, a Universal segue liderando no número de fies, mas vê crescer novas denominações que buscam linguagem e formatos “diferentes” do tradicional, quase sempre com pastores “coachs”.