Em 1999, quando André Luis de Souza abriu as portas da Imobiliária ATO em um modesto escritório na Rua José Pinto de Almeida, Piracicaba mal imaginava que aquele empreendimento se tornaria um capítulo fundamental no desenvolvimento da cidade. Dois anos depois, Cristiane Souza ingressou na empresa, e juntos, o casal transformou desafios em degraus para construir um legado marcado por inovação, resiliência e humanização. Em uma entrevista exclusiva ao PIRANOT, André e Cristiane revelam detalhes íntimos dessa trajetória — desde os dias de incerteza até o reconhecimento institucional que consolida sua história.
A ATO não é apenas uma imobiliária: é um símbolo de como é possível conciliar negócios sólidos com valores humanos. “Tudo é fruto da graça divina e de muito trabalho”, afirma Cristiane, enquanto André ressalta: “Piracicaba é nosso lar, e queremos ser lembrados como parte de seu crescimento”. Com uma equipe que se autodenomina “Família ATO”, eles provam que é possível transformar sonhos em realidade, um cliente de cada vez.
Os primórdios
PIRANOT: A ATO nasceu em 1999, em um cenário completamente diferente do atual. Como era o mercado imobiliário na época?
Cristiane Souza: “Quando cheguei à empresa, em 2001, ela já tinha dois anos de existência. Mesmo assim, senti uma energia única: uma determinação que jamais se apagou. Era como se cada detalhe fosse planejado para durar. Hoje, entendo que essa era a essência que nos trouxe até aqui.”
PIRANOT: Cristiane, sua entrada é vista como um marco de reestruturação. Como foi assumir a liderança em um momento tão delicado?
Cristiane: “Sempre fui curiosa e de opinar — até quando não era chamada, rs. Quando assumi, não havia espaço para hesitação. Ajustamos as velas, reorganizamos a rota… Cada dia era uma pequena vitória. Mas nada disso seria possível sem a equipe que acreditou e sem a proteção divina.”
A tempestade que quase afundou o barco
PIRANOT: A perda do pai do André foi um divisor de águas. Como lidaram com esse período?
Cristiane: “Foi um tsunami. Muitos acharam que o barco afundaria. Colaboradores, clientes e até parceiros nos abandonaram. Mas permanecemos firmes com quem acreditou. Aprendemos que resiliência não é sobre não cair, mas sobre se levantar sempre — mesmo quando tudo parece perdido.”
PIRANOT: Como foi reconstruir a confiança após essa crise?
Cristiane: “Com transparência. Mostramos que a ATO não era apenas um negócio, mas uma missão. E Deus nos deu a maior prova de que estávamos certos: a sede própria.”
PIRANOT: Fale mais sobre a conquista da sede.
Cristiane: “Desde a escolha do terreno até os detalhes da construção, tudo parecia guiado por uma mão divina. Foi mais que um prédio: um símbolo de que estávamos no caminho certo. Até hoje, quando entro ali, sinto que cada parede conta uma parte da nossa história.”
Pioneirismo — O DNA da ATO
PIRANOT: A ATO sempre esteve à frente do seu tempo. Quais foram as inovações mais impactantes?
André Souza: “Na década de 90, trouxemos microcomputadores para administrar imóveis — algo revolucionário aqui. Fomos os primeiros a oferecer seguro fiança e, recentemente, implementamos inteligência artificial no pré-atendimento. Piracicaba é um vetor de crescimento, e nós somos o acelerador.”
Cristiane complementa: “A tecnologia não substitui o humano, mas amplia nosso alcance. Hoje, atendemos clientes do Japão aos EUA com visitas virtuais e contratos 100% digitais. Tudo com a mesma segurança e atenção que sempre tivemos.”
PIRANOT: Como a pandemia impactou esses processos?
Cristiane: “Acelerou transformações que já estavam em curso. Aprendemos a ser ágeis, a ouvir mais e a inovar sob pressão. E saímos mais fortes.”
Jovens investidores e o poder da inspiração
PIRANOT: O trabalho com jovens é um dos destaques recentes. Como surgiu essa iniciativa?
Cristiane: “Percebemos que muitos jovens têm potencial para construir independência financeira desde cedo. Um colaborador nosso, por exemplo, começou aos 22 anos, comprou seu primeiro imóvel e inspirou outros. É como uma chama que acende outras — e isso nos enche de orgulho.”
PIRANOT: Qual o retorno desse projeto?
Cristiane: “Além de resultados financeiros, vemos jovens ganhando confiança e escrevendo suas próprias histórias. Isso não tem preço.”
“Família ATO” — O coração do negócio
PIRANOT: Muitos colaboradores se referem à empresa como uma família. Como criaram esse ambiente?
Cristiane: “Valorizamos o crescimento d//e cada um, não apenas como profissional, mas como ser humano. Eu e o André somos complementos até nas adversidades — e isso contagia a equipe. Celebramos juntos cada vitória, seja a conquista de um cliente ou o aniversário de um colaborador.”
PIRANOT: E como isso se reflete no dia a dia?
Cristiane: “Criamos campanhas como ‘Um ATO de Saúde’, incentivando hábitos saudáveis. Queremos que todos se sintam acolhidos, não apenas no trabalho, mas na vida.”
Reconhecimento e a mensagem para o futuro
PIRANOT: Em 2024, a Câmara de Vereadores concedeu à ATO um Voto de Congratulações. O que isso representa?
Cristiane: “Foi a confirmação de que valeu a pena persistir. Honra o esforço de todos que construíram essa história — colaboradores, clientes e, claro, Deus, nosso maior aliado.”
PIRANOT: Para encerrar: que mensagem deixariam para a ATO de 2049?
Cristiane: “Que seja lembrada como uma empresa de superação, que manteve a seriedade e transformou vidas. Que continue escrevendo sua história com ética, entusiasmo e o mesmo propósito de sempre: realizar sonhos.”
Epílogo: O futuro se escreve com as portas abertas
De um escritório de 20m² a uma empresa que ajudou a moldar o crescimento de Piracicaba, a ATO é a prova viva de que sonhos se realizam quando se unem trabalho, fé e amor. Para André e Cristiane, os próximos 25 anos serão mais um convite para inovar, inspirar e acolher — sempre com as portas abertas para quem quiser fazer parte dessa jornada.
“Não somos donos dessa história, somos cuidadores”, reflete Cristiane. “E queremos que ela continue sendo escrita por muitas mãos.”