A Prefeitura de Piracicaba anunciou que está em fase final da elaboração de um decreto que irá declarar situação de emergência em saúde pública, devido ao avanço dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sobretudo em crianças. A medida busca acelerar a resposta do município diante do aumento expressivo nas internações pediátricas nos últimos dias, causado por vírus sazonais como Influenza, H1N1, Covid-19 e, principalmente, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o decreto permitirá que a administração tome ações mais ágeis e efetivas para contenção da crise e atendimento aos pacientes, além de emitir um alerta importante à população sobre os cuidados necessários neste período de temperaturas mais baixas e maior circulação viral.
Atualmente, 13 crianças aguardam leitos de enfermaria e 2 esperam por vagas em UTI na cidade. Em resposta à sobrecarga do sistema, os hospitais Fornecedores de Cana (HFC) e Santa Casa de Piracicaba se mobilizaram e já ampliaram a estrutura de atendimento, disponibilizando 17 novos leitos exclusivos para pacientes com SRAG, divididos entre enfermaria, UTI pediátrica e UTI neonatal.
Cenário preocupante exige ação rápida
O vice-prefeito e secretário municipal de Saúde, Dr. Sérgio Pacheco, destaca que o momento exige prudência, especialmente com o público infantil. “O importante, nesse momento, é manter a atenção e os cuidados, principalmente com as crianças, evitando contato com pessoas com sintomas gripais e não levar crianças pequenas onde haja aglomerações”, alertou.
Pacheco também afirmou que o decreto de emergência deve ser formalizado já na próxima semana. “O prefeito Helinho, eu e toda a secretaria estamos nos mobilizando para garantir os atendimentos aos pacientes e, para isso, não tem outro caminho que não seja a decretação do estado de emergência”, declarou o secretário.
Atendimento e orientação
A Secretaria de Saúde reforça que a população deve estar atenta aos sintomas gripais, principalmente em crianças e idosos. Em casos com sinais de agravamento — como febre persistente, dificuldade para respirar, prostração ou recusa alimentar — os pacientes devem procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Além da adoção do decreto, a Prefeitura informou que segue monitorando os dados de internações e atendimento hospitalar, mantendo diálogo constante com as unidades de saúde pública e privada para garantir suporte necessário.