
Uma operação realizada nesta terça-feira (24) em Piracicaba (SP) prendeu dois policiares militares envolvidos na morte do jovem Gabriel Júnior Oliveira Alves da Silva, de 22 anos, em abril deste ano. No total foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão. Os alvos são investigados por homicídio e coação no curso do processo.
A decisão foi do Ministério Público, que acompanha o caso. O 2º Promotor de Justiça de Piracicaba, Aluísio Antônio Maciel Neto, informou que as investigações continuam até “a completa e rigorosa apuração dos fatos, com a adoção de todas as providências legais cabíveis”, ressaltou Aluísio.
Ele também destacou a importância e o total respeito a instituição da Polícia Militar, quanto ao comprometimento com a legalidade, parceira do Ministério Público enfrentando a criminalidade.
O caso
Gabriel Júnior Oliveira Alves da Silva, de 22 anos, morreu baleado durante uma abordagem da Polícia Militar (PM) no dia 1º de abril de 2025, no bairro Vila Sônia, em Piracicaba (SP). Na época, a PM afirmou que o rapaz baleado resistiu à abordagem e ameaçou a equipe com uma pedra, que foi apreendida. Ainda de acordo com a corporação, o disparo o atingiu na cabeça.
Segundo registro da PM, por volta das 19h30 do dia 1º de abril, durante patrulhamento na Rua Raul Ataíde, uma equipe policial abordou dois suspeitos. Ainda conforme os militares, um deles resistiu à abordagem, fugiu e retornou segurando uma pedra, ameaçando os policiais.
A esposa de Gabriel, que estava grávida, afirmou que ela e o marido estavam comprando milho quando foram abordados pelos policiais sem motivo aparente, e negou que o marido tenha pegado qualquer pedra para agredir os policiais. Os policiais militares e as testemunhas que foram ouvidos separadamente, com presença de advogados.
O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios do Departamento Estadual de Investigações Criminais, do Deinter 9. Os envolvidos foram ouvidos separadamente, com presença de advogados.