O governo do prefeito Helinho Zanatta obteve uma vitória estratégica na manhã desta segunda-feira (30), após a Câmara Municipal de Piracicaba aprovar o Projeto de Lei 136/25, que autoriza o remanejamento de R$ 64 milhões do orçamento municipal para garantir o pagamento da folha salarial dos servidores públicos. O placar final foi de 11 votos a favor e 7 contrários, em uma sessão marcada pelo clima de tensão e pela repercussão negativa que a paralisação do projeto havia causado na última semana.
A proposta, de autoria do Executivo, teve sua tramitação travada na semana anterior em meio a impasses políticos e posicionamentos críticos de parte do Legislativo, gerando forte repercussão na imprensa e nas redes sociais. O atraso na votação colocou em risco o cumprimento dos compromissos salariais da administração, o que gerou cobranças diretas da população e de servidores da prefeitura.
Com a aprovação, o Executivo tem agora respaldo legal para garantir os repasses da folha de pagamento já nos próximos dias, evitando atrasos ou medidas emergenciais.
Recuo do Legislativo após desgaste público
O desgaste político provocado pela possibilidade de atraso nos salários dos servidores municipais foi determinante para a mudança de postura no plenário da Câmara. Vereadores que, até então, demonstravam resistência ao projeto, recuaram diante da repercussão negativa do impasse e das críticas públicas sobre a responsabilidade do Legislativo na possível crise financeira.
A situação mobilizou inclusive representantes do funcionalismo e levou a um acirramento no debate sobre a autonomia orçamentária da prefeitura. A pressão surtiu efeito, e a base de apoio ao governo conseguiu consolidar os 11 votos necessários para garantir a aprovação da proposta.
Remanejamento para folha inclui todos os servidores
De acordo com a justificativa apresentada pelo Executivo, o remanejamento dos R$ 64 milhões contempla a folha de pagamento como um todo — incluindo efetivos, celetistas, comissionados e aposentados vinculados ao regime próprio. Técnicos do governo afirmaram que a medida é necessária para reequilibrar dotações específicas, diante de lacunas herdadas da gestão anterior.
Apesar de críticas pontuais sobre a origem dos recursos remanejados, o projeto passou sem alterações, e a prefeitura garante que não haverá prejuízo direto a serviços essenciais.
Votação final e posicionamento dos vereadores
O placar de 11 votos favoráveis e 7 contrários confirmou a vitória do governo no embate, consolidando a articulação da base aliada e isolando parte da oposição.