O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cometeu pelo menos uma gafe em seu discurso na inauguração da multinacional chinesa GWM, em Iracemápolis, na Região Metropolitana de Piracicaba. O investimento inicial foi de R$ 4 bilhões, e outros R$ 10 bilhões foram anunciados para os próximos 10 anos, a partir de 2026.
O discurso de Lula durou cerca de 25 minutos, o equivalente a pouco mais de 20% de toda a cerimônia. O presidente iniciou, em tom calmo, comentando ponto a ponto uma carta de Donald Trump (Republicano), ex-presidente dos Estados Unidos, sobre a taxação de 50%. O petista aproveitou o reduto bolsonarista para fazer um “desabafo” e apresentar sua versão sobre a situação.
Na sequência, Lula destacou números do seu governo, chamando a atenção do diretor mundial da GWM, e comparou com os deixados por Jair Bolsonaro. Citou o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, responsável por detalhar quase R$ 1 trilhão em incentivos federais para o setor automobilístico agora e nos próximos anos. Logo depois, Lula se atrapalhou ao dizer: “se eu fosse dar uma aula na China”…
O presidente interrompeu a fala, emendou frases desconexas e retomou o discurso afirmando que todos os trabalhadores devem ter poder aquisitivo para comprar o que produzem. A ideia, no entanto, soou deslocada, já que a plateia era formada por funcionários que fabricam veículos com preço inicial de R$ 199 mil. Ainda assim, os empregados da GWM aplaudiram.
Lula encerrou pedindo que o embaixador da China transmitisse seus cumprimentos ao presidente Xi Jinping e reforçou o convite para que mais fábricas chinesas se instalem no Brasil. O embaixador acenou positivamente com a cabeça, sinalizando “sim”.






