O empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, recebeu o alvará de soltura expedido pela Justiça de São Paulo no começo da noite desta sexta-feira (15). Ele havia sido preso na última terça-feira (13) em uma investigação conduzida no interior do estado.
O caso é considerado complexo, porque, antes da prisão, Sidney já havia firmado um acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), na capital. O empresário aceitou pagar R$ 32 milhões em indenização aos cofres do governo paulista por ter recebido de forma adiantada benefícios tributários, furando a fila de pagamentos estabelecida pelo Estado. O acordo incluía também uma delação premiada, já homologada pela Justiça.
No entanto, uma segunda investigação, desta vez no interior de São Paulo, solicitou a prisão de Sidney Oliveira sem ter conhecimento do processo em andamento na capital, que tramitava em sigilo. A sobreposição das duas investigações levou o empresário a permanecer preso por três dias.
Com o alvará expedido nesta sexta, a prisão foi relaxada, e Sidney deixou a cadeia.
Ainda não está claro qual será o desfecho do caso, já que, segundo juristas, trata-se de uma situação inédita: duas investigações distintas sobre o mesmo crime, conduzidas em locais diferentes do Estado.

