O mundo do entretenimento foi pego de surpresa neste fim de semana com a informação de que a Paramount Global, controlada pelo bilionário David Ellison, filho do fundador da Oracle, teria feito uma oferta de R$ 250 bilhões (US$ 49 bilhões) para comprar a Warner Bros. Discovery, dona de marcas e canais mundialmente conhecidos como HBO, Discovery, TLC, Warner Channel e CNN Internacional.
A notícia provocou um verdadeiro terremoto em Hollywood e no mercado financeiro. Isso porque a Paramount, avaliada hoje em cerca de US$ 8 bilhões (menos de R$ 50 bilhões), é bem menor que a Warner Bros. Discovery, cujo valor de mercado supera US$ 30 bilhões (mais de R$ 160 bilhões).
Mesmo assim, Ellison conseguiu montar uma proposta gigante graças ao apoio financeiro de sua família, uma das mais ricas dos Estados Unidos. Seu pai, Larry Ellison, é o criador da Oracle, uma das maiores empresas de tecnologia do planeta, avaliada em mais de R$ 2 trilhões.
A negociação, porém, não avançou. Fontes da imprensa norte-americana afirmam que os executivos da Warner Bros. Discovery esperavam uma oferta maior, na casa dos US$ 80 bilhões (R$ 420 bilhões), e por isso rejeitaram a proposta.
A oferta foi feita estrategicamente com a Bolsa de Valores dos Estados Unidos fechada, o que significa que o impacto real nas ações só será sentido nesta segunda-feira (13), quando os papéis da Warner devem abrir em forte queda após o recuo da negociação.
Nas últimas três semanas, desde que surgiram os rumores da oferta, as ações da Warner Bros. Discovery haviam disparado cerca de 40%, impulsionadas também pelo suposto interesse da Netflix, que estaria acompanhando de perto o movimento, embora ainda não tenha apresentado proposta oficial.
David Ellison, de 41 anos, é considerado um dos novos rostos do poder em Hollywood. Além de administrar a Paramount, o empresário parece decidido a investir pesado em comunicação e streaming, setor que ele define como sua “paixão pessoal”.
O episódio reacende o debate sobre o futuro das gigantes do entretenimento e como as possíveis fusões podem afetar o público em todo o mundo — inclusive no Brasil, onde plataformas e canais das duas empresas, como HBO Max, Discovery+, TLC e Paramount+, estão entre os mais consumidos.






