A fascinação por inteligência artificial não é nova. No século 18, Wolfgang von Kempelen impressionou o mundo com um autômato enxadrista, cujo segredo residia em um operador humano habilmente escondido sob a mesa. Uma dinâmica similar, embora mais sofisticada, parece estar presente nos modernos robotáxis que circulam por cidades como San Francisco e Wuhan.
Enquanto vídeos e notícias celebram a promessa de veículos totalmente autônomos, a realidade nos bastidores revela um componente crucial: equipes remotas de monitoramento. Esses profissionais permanecem em alerta, prontos para intervir e assumir o controle dos veículos em situações complexas ou inesperadas.
A complexidade do trânsito urbano e a imprevisibilidade do comportamento humano exigem, por enquanto, essa supervisão constante. Apesar dos avanços tecnológicos, a completa autonomia ainda não foi alcançada, e a presença humana continua sendo essencial para garantir a segurança e o bom funcionamento dos serviços de robotáxis. O que se apresenta como uma revolução na mobilidade depende, em grande medida, do trabalho discreto e atento de operadores remotos, mantendo a ilusão de uma condução totalmente independente.






