Em artigo divulgado em jornais ao redor do mundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que a COP30, sediada em Belém, marque o início de ações concretas e urgentes contra a crise climática. O evento, que está prestes a começar, representa uma oportunidade para líderes globais demonstrarem um compromisso multilateral efetivo, indo além dos discursos.
Lula enfatizou que o sucesso das COPs e a confiança no multilateralismo dependem de ações efetivas. Ele convocou líderes globais para a Amazônia, expressando sua esperança de que a COP30 seja um momento de comprovação da seriedade do compromisso com o planeta.
O presidente ressaltou que o Brasil sediou a ECO-92, onde foram aprovadas convenções cruciais sobre clima, biodiversidade e desertificação, estabelecendo um novo paradigma para a preservação do planeta. A escolha da Amazônia como sede da COP30 não é por acaso, permitindo que o mundo conheça a realidade da floresta e seus habitantes.
Lula defendeu o aumento de recursos para o enfrentamento da crise climática, especialmente para o Sul Global, argumentando que os países ricos têm uma responsabilidade maior devido aos benefícios que obtiveram com economias baseadas em carbono. Ele destacou que o Brasil está cumprindo seu papel, reduzindo pela metade o desmatamento na Amazônia em apenas dois anos.
O lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) foi outro ponto abordado, com o Brasil anunciando um investimento de US$ 1 bilhão. Lula espera que outros países sigam o exemplo. Ele também mencionou a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil, que se comprometeu a reduzir significativamente suas emissões até 2035.
O presidente defendeu o uso dos recursos da exploração do petróleo para financiar uma transição energética justa, destacando a importância de uma maior participação popular nas decisões sobre clima e energia. Ele lembrou que os mais vulneráveis são os mais afetados pela mudança climática e que a luta contra o aquecimento global deve estar ligada ao combate à fome, anunciando o lançamento de uma Declaração sobre Fome, Pobreza e Clima em Belém.
Ao finalizar, Lula defendeu a reforma da governança global e a criação de um Conselho de Mudança do Clima da ONU, vinculado à Assembleia Geral, para garantir que os países cumpram suas promessas.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br






