A Raízen, gigante do setor de energia, pode enfrentar uma punição da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) nos próximos dias. O motivo é que a empresa atingiu 30 pregões consecutivos com suas ações valendo menos de R$ 1. Nesta segunda-feira (17), o preço da ação fechou em R$ 0,81, queda em relação aos R$ 0,91 registrados na semana passada.
Diante da delicada situação, Marcelo Martins — que é CEO da Cosan, uma das controladoras da Raízen — comentou o tema durante a teleconferência de resultados da empresa. Ele afirmou que a Shell está envolvida em conversas para buscar uma solução. Segundo Martins, pela primeira vez tanto a Cosan quanto a Shell estão alinhadas em um mesmo caminho.
“Nós entendemos a urgência em encontrar soluções necessárias para a estrutura de capitais da Raízen”, garantiu.
Endividamento e possível saída da B3
Ainda de acordo com informações do MoneyTimes, as duas controladoras da Raízen (Cosan e Shell) ainda não chegaram a um acordo final. Como o PIRANOT noticiou recentemente, a Shell havia contratado um banco para realizar uma compra agressiva de ações da Raízen no Brasil — movimento que poderia, inclusive, sinalizar a saída da joint-venture da B3.
Com um faturamento anual em torno de R$ 55 bilhões, a Raízen acumulou um alto nível de endividamento nos últimos anos, resultado da aquisição de diversas empresas. Parte desses empréstimos foi contraída junto a bancos internacionais e em dólar, o que adiciona complexidade à sua estrutura de capital.






