O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode, no futuro, contar com inteligência artificial (IA) na criação de suas questões. A sugestão partiu de um ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em meio à discussão sobre a segurança e integridade do processo de elaboração e aplicação do exame.
A proposta surge após a anulação de três questões da edição de 2025 do Enem. O cancelamento ocorreu após a divulgação de que um universitário apresentou as referidas questões em uma transmissão ao vivo. O incidente levantou questionamentos sobre a possibilidade de vazamentos e a necessidade de modernizar os métodos de criação e seleção das perguntas.
A utilização de IA na formulação de questões poderia, segundo o especialista, aumentar a segurança do exame, dificultando a previsibilidade das perguntas e minimizando o risco de fraudes. A tecnologia permitiria gerar um grande volume de questões com diferentes níveis de dificuldade, abrangendo todo o conteúdo programático do ensino médio.
Além da segurança, a IA poderia contribuir para a atualização constante do banco de dados de questões, incorporando novos temas e abordagens pedagógicas. A ferramenta também poderia auxiliar na análise da dificuldade das questões, garantindo um nível adequado para cada edição do exame.
A implementação da IA no Enem, no entanto, exigiria um planejamento cuidadoso e a criação de protocolos de segurança rigorosos. É fundamental garantir que a tecnologia seja utilizada de forma ética e transparente, evitando vieses e assegurando a igualdade de oportunidades para todos os candidatos. O debate sobre a utilização de inteligência artificial no Enem está apenas começando e promete gerar discussões relevantes sobre o futuro da avaliação educacional no país.
Fonte: www.noticiasaominuto.com.br






