Moradores do Condomínio Nova Suíça vivem uma situação de isolamento e risco há pelo menos quatro dias devido à obstrução da Rodovia Samuel de Castro Neves (SP-147), em Piracicaba (SP). Segundo relatos, um buraco de grandes proporções se formou no local, deixando dois caminhões parados e impedindo a passagem segura de veículos. Com o agravamento causado pelas chuvas recentes e a elevação do nível do rio, o cenário tem sido classificado pela comunidade como de “calamidade pública”.
De acordo com uma moradora que procurou o PIRANOT, o problema afeta não apenas um condomínio, mas ao menos oito residenciais da região. No local vivem famílias com crianças, idosos, pessoas com deficiência e cadeirantes, que estão sem acesso adequado a serviços essenciais. “A gente não tem nenhuma solução, nenhum respaldo. Como entra uma ambulância aqui se alguém passar mal?”, questiona.
Sem alternativa, muitos moradores têm recorrido a caminhos improvisados, como estradas vicinais conhecidas próximas de bairros como o Pau Queimado e Jupiá, ou seguem a pé pela pista, inclusive durante a madrugada, o que aumenta ainda mais o risco de acidentes. Há relatos de pessoas que precisam ir ao trabalho caminhando pela rodovia e de dificuldades até mesmo para acessar farmácias, UPA ou serviços veterinários em casos de emergência.
Outro ponto de preocupação é a falta de sinalização adequada. Motoristas que vêm de outras cidades, como Botucatu, seguem em alta velocidade sem saber que a via está interditada, o que potencializa o perigo no trecho danificado. “Eles não fecharam a rodovia para quem vem de fora. É muito perigoso”, alertam os moradores.
Apesar de já ter havido reportagem anterior sobre o caso, a comunidade afirma que nenhuma autoridade esteve no local até o momento. Moradores cobram uma resposta urgente do prefeito, vereadores e órgãos responsáveis. “A gente só quer uma resposta, uma providência. Não dá mais para continuar assim”, reforça a moradora.
Enquanto aguardam ações concretas do poder público, os moradores têm se organizado para se ajudar mutuamente, mas afirmam que a situação ultrapassou o limite do aceitável e exige intervenção imediata das autoridades competentes.
De acordo com o DER (Departamento de Estradas e Rodagem), a interdição foi necessária devido ao estado precário da tubulação do local, na altura do km 153, e que a equipe trabalha para reparar os danos. Também informou que não há previsão de liberação da via.
