
A Polícia Civil do Estado de São Paulo deflagrou, na tarde de ontem (17), a Operação “Café Amargo”, em Piracicaba (SP), que resultou na prisão em flagrante de um comerciante pelo crime de receptação qualificada e na identificação de dois homens envolvidos em furtos contra um supermercado da cidade.
A ação foi conduzida pela Unidade de Polícia Judiciária (UPJ) de Piracicaba, vinculada ao Deinter 9, após investigações iniciadas durante a prisão de um indivíduo por tráfico de drogas realizada anteriormente pela Polícia Militar. Durante a apresentação da ocorrência, investigadores da Polícia Civil identificaram o detido como suspeito de envolvimento em furtos praticados contra uma unidade do Supermercado União, localizada no bairro Jaraguá.
Em depoimento, o homem confessou ter cometido ao menos três furtos no estabelecimento, relatando que subtraiu dezenas de pacotes de café, os quais eram revendidos a outros comércios por valores muito abaixo do praticado no mercado. Em duas das ações, ele contou com a participação de um comparsa, que também foi identificado pelos policiais.
Com base nas informações obtidas, os investigadores se deslocaram até um comércio no bairro Jardim Planalto, onde localizaram diversos pacotes de café da mesma marca furtada. Os produtos estavam expostos para venda, porém o responsável pelo estabelecimento não apresentou notas fiscais ou qualquer documentação que comprovasse a origem lícita da mercadoria. Após análise de lotes e consulta aos registros do supermercado vítima, foi confirmado que os produtos apreendidos eram os mesmos subtraídos durante os furtos.
O comerciante preso já possuía antecedentes criminais por receptação, roubo, estelionato e homicídio. Questionado sobre a procedência dos produtos, ele não conseguiu apresentar justificativa plausível.
Diante das evidências, a autoridade policial decretou a prisão em flagrante do comerciante pelo crime de receptação qualificada, conforme o artigo 180, parágrafo 1º, do Código Penal, e formalizou o indiciamento do autor dos furtos. O comparsa, que já se encontra preso por outro crime, também será responsabilizado judicialmente.
Todos os produtos apreendidos serão devolvidos ao estabelecimento de origem.
A Polícia Civil reforça o alerta à população de que a compra de produtos sem nota fiscal pode configurar crime, especialmente quando houver indícios de origem ilícita, sujeitando o comprador à responsabilização penal.








