Há quatro anos, o PIRANOT noticiava em plantão, a coletiva de imprensa, do fim das investigações do crime que terminou com Madalena morta. Ela morreu assassinada defendendo a sua comunidade contra os desejos invejosos de uma nova geração de jovens, por chocante que seja, homossexuais, desejavam assumir o posto de poder e adminiração de Madalena.
A morte de Madalena volta a ser noticia no PIRANOT após uma série de comentários citando ela em publicações sobre o vereador Cássio Fala Pira (PL), preso no começo deste mês.
Relembre nosso arquivo, com link para a notícia das informações de como os criminosos mataram Matalena e por qual motivo.
Na última vez que tentou ser eleita, Madalena fez uma campanha popular com artistas e pessoas locais no YouTube. Na época, os vídeos viralizaram, e Madalena, passou a projetar ser eleita em primeiro lugar no partido, gerando inveja e raiva, que superaram a possibilidade dela conquistar mais cadeiras para o partido. Triste, ela abandonou a corrida eleitoral. Além de Madalena, o assessor dela, Felipe Bicudo, também faleceu. Ele, em 2024.
A seguir, leia, na integra, a noticia de um ano da morte dessa lenda municipal:
Madalena foi encontrada morta em sua residência no início da madrugada do dia 07 de abril de 2021, no bairro Boa Esperança, em Piracicaba (SP). Segundo as informações da Polícia Militar, o corpo foi encontrado no sofá com sinais de morte violenta. Madalena tinha 64 anos e se tornou a primeira travesti eleita vereadora na história da cidade.
O óbito foi constatado ainda no local pelo Dr. Ronaldo Moschini. Ela foi assassinada violentamente, sua cabeça apresentava diversos ferimentos.
O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). O caso foi registrado como homicídio e encaminhado para o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de Piracicaba (SP).
Madalena foi eleita vereadora no pleito de 2012, quando recebeu 3.035 votos e teve o segundo melhor desempenho do seu partido nas eleições, tendo atuado junto ao Legislativo de forma a defender os interesses da população mais carente da cidade.
Atuando como líder social e comunitária por mais de 25 anos no bairro Boa Esperança, Madalena foi um exemplo de luta e superação pessoal e profissional, tornando-se uma figura simbólica que, com alegria e simplicidade, cativou para sempre um lugar no coração dos piracicabanos.