O Museu do Louvre, um dos ícones de Paris e o mais visitado do mundo, anunciou um aumento de 45% no valor dos ingressos para visitantes de fora do Espaço Econômico Europeu (EEE). A medida, que entrará em vigor em 14 de janeiro de 2026, elevará o preço da entrada para 32 euros (R$ 198), um acréscimo de 10 euros (R$ 62) em relação ao valor atual.
De acordo com informações divulgadas pelo museu, o objetivo principal do reajuste é gerar receita adicional para sanar “problemas estruturais” e equilibrar as finanças da instituição. A mudança afetará especialmente turistas de países como os Estados Unidos, que representam o maior contingente de visitantes estrangeiros, e a China, terceira no ranking.
Dados de 2024 indicam que o Louvre recebeu 8,7 milhões de visitantes no ano, sendo 69% provenientes de outros países. A decisão de aumentar o preço da entrada para não europeus tem gerado críticas por parte de sindicatos, que defendem o “universalismo” do museu e o “acesso igualitário” às suas coleções. As organizações sindicais também expressaram preocupação com a sobrecarga de trabalho que a nova tarifa pode provocar, já que os funcionários precisarão verificar a nacionalidade dos visitantes.
O anúncio ocorre em um momento delicado para o Louvre, que recentemente foi palco de um roubo de joias que ganhou grande repercussão. A expectativa é que o aumento dos ingressos para não europeus gere uma receita adicional entre 15 e 20 milhões de euros por ano, destinada a resolver os “problemas estruturais” da instituição. Um relatório recente do Tribunal de Contas apontou que o museu enfrenta “uma montanha de investimentos que não está em condições de financiar”, devido à falta de priorização dos projetos. Além disso, a investigação administrativa sobre o roubo de joias da coroa francesa revelou “equipamentos insuficientes nos dispositivos de segurança”.
Em janeiro de 2024, o preço da entrada do Louvre já havia sido reajustado, passando de 17 para 22 euros para todos os visitantes.



