Os ex-funcionários da Via Ágil, antiga empresa responsável pelo transporte coletivo em Piracicaba (SP), realizaram um protesto, na madrugada desta quinta-feira (23), defronte à garagem da atual empresa responsável pelo serviço — a TUPi — para pedir o pagamento das verbas rescisórias. Os ex-funcionários alegam que foram dispensados e que as verbas não foram pagas até hoje.
Nesta quarta-feira (22), o prefeito Barjas Negri recebeu quatro representantes dos ex-trabalhadores da Via Ágil, atendendo a um pedido do presidente do Sindicato dos Motoristas, João Soares. Ele explicou o rompimento amigável com a ex-permissionária do transporte público, sempre com a preocupação de garantir o direito dos trabalhadores. Além disso, a Prefeitura de Piracicaba informou que “está concluindo projeto de lei que reconhecerá dívida com Via Ágil, provocada pelo reequilíbrio de preço da tarifa.”
Na reunião, o prefeito esteve acompanhado dos secretários Jorge Akira (Trânsito) e Sérgio Bissoli (Procurador-geral), além de Soares e o advogado Sérgio Sacch. Os dois secretários puderam falar sobre o rompimento do contrato, enquanto João Soares aproveitou para expor a preocupação dos ex-trabalhadores. Soares explicou ainda que, dos 650 ex-funcionários, 370 foram contratados pela TUPi, hoje responsável pelo transporte público. Os quatro ex-trabalhadores da Via Ágil também puderam esclarecer suas dúvidas.
O procurador-geral do município, Sérgio Bissoli, informou que a Prefeitura sempre protegeu os interesses dos trabalhadores e que por isso optou pelo rompimento amigável. No contrato, como relatou Bissoli, há uma cláusula específica de defesa dos trabalhadores. A Prefeitura segurou recursos que devia à empresa, devido à discussão do desequilíbrio na tarifa, e só promoveria a liberação após quitadas as dívidas com os ex-funcionários.
O advogado Sérgio Sacch também esclareceu algumas dúvidas a respeito da necessidade do reconhecimento da dívida num primeiro momento. Além disso, o sindicato já conseguiu bloquear recurso que será apurado como dívida da Prefeitura com a Via Ágil, para que esse valor seja depositado em conta judicial, exclusiva para o pagamento dos ex-trabalhadores.
O compromisso da Prefeitura, ratificado pelo prefeito Barjas, é de encaminhar um projeto de lei à Câmara de Vereadores, onde se reconhece a dívida com a Via Ágil, provocada pelo desequilíbrio na tarifa. Esse valor foi apurado pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). O projeto, como explicou o procurador-geral, está sendo finalizado e será encaminhado à Câmara provavelmente no final deste mês.
Nota da TUPi
A TUPi informa que foi surpreendida na madrugada desta quinta-feira pela manifestação em sua garagem dos ex-funcionários da empresa Via Ágil. Garantimos que todos os salários e benefícios de nossos trabalhadores estão rigorosamente em dia e que a empresa se solidariza com os ex-funcionários da Via Ágil que ainda não receberam os seus direitos. Reforçamos que os mesmos devem reivindicar os acordos firmados e buscar a solução diretamente com o Poder Público e a Via Ágil.
Os manifestantes impediram a saída de alguns carros da garagem, o que prejudicou o atendimento à população de Piracicaba. Mesmo assim, a frota iniciou o seu trabalho com 85% de sua capacidade e a equipe da TUPi continua trabalhando para normalizar o atendimento na cidade.
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