Um advogado foi preso ontem (09), em Piracicaba, após fornecer entorpecentes a um adolescente internado na Fundação Casa. A ocorrência foi conduzida pelo DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
Segundo a delegacia em nota, “o adolescente, que está internado devido ter praticado um roubo, recebeu a visita de seu advogado. Conforme procedimento da Fundação Casa, todo internando é revistado antes e depois de receber visita. Hoje, antes de falar com seu advogado, o adolescente foi devidamente revistado, não sendo nada de ilícito localizado. Após manter contato reservado com seu advogado, o adolescente foi novamente revistado antes de retornar com os demais internos, quando os agentes da Fundação Casa lograram localizar duas porções de maconha com o adolescente“.
Ainda segundo o DEIC, questionado, o adolescente esclareceu que seu advogado teria levado as drogas e lhe entregue durante o contato mantido. “Nesta especializada, ele confirmou a versão formalmente, esclarecendo ter recebido os entorpecentes de seu advogado”.
Questionado, o advogado confessou ter entregue as porções ao adolescente, alegando que este estaria precisando relaxar e teria lhe solicitado os entorpecentes, sendo que então teria os levado visando acalmar o menor – fato este negado pelo último, que esclareceu não ter solicitado entorpecentes em momento algum.
Diante das circunstâncias, a autoridade policial competente deu voz de prisão em flagrante delito ao advogado, o qual foi recolhido em cárcere e ficará à disposição da Justiça, devendo responder pelo crime de tráfico de entorpecentes, com as agravantes de o receber da droga ser menor de idade e também por ter feito dentro de estabelecimento prisional.
O DEIC informou que o advogado já possuía passagem criminal, tendo sido preso em flagrante em maio de 2019. “Naquela oportunidade o advogado foi até a delegacia para acompanhar um cliente que havia sido preso, porém ao chegar na unidade policial usando um veículo produto de roubo, com as placas clonadas, acabou sendo preso em flagrante também, pelo crime de receptação”, finaliza o documento.