Parece que agora, a TV Record engatou a marcha certa e está, com a ajuda do SBT, voltando a ocupar a vice-liderança isolada de audiência em São Paulo.
Segundo dados de audiência, a emissora dos bispos vem conseguindo vencer com folga a concorrente com quem vinha disputando e empatando na colocação há mais de um ano.
O dia que mais chamou a atenção foi ontem (14), quando a emissora com a participação de Sheilla Carvalho, eliminada no dia anterior do reality-show “A Fazenda”, conseguiu bater recorde anual de audiência com facilidade batendo a emissora de Sílvio Santos e abrindo uma grande vantagem.
A volta da Record a vice liderança é facilmente justificada pelos erros do SBT que no ultimo ano pouco modernizou sua programação, não trouxe novidades atraentes e usou os poucos produtos que tinha de forma massante para a guerra com a concorrente.
Como já poderiamos esperar, uma hora “Carrossel” teria que acabar, o “Casos de Família” que faz das tardes brasileiras um show de horror com suas histórias em um picadeiro de circo, perdeu tanto ibope que teve sua edição diária cancelada depois de meses de muito ibope ruim na casa dos dois ou três pontos, o “SBT Brasil” que estava chamando a atenção com pautas leves de variedades e opiniões claras e objetivas parou no tempo e para piorar, os diretores da emissora se entreterão tanto com o Twitter que esqueceram da própria emissora.
Com tudo, a Record que mexeu pouco na grade de programação, conseguiu lançar produtos de sucesso como o “Cidade Alerta”, continuou, mesmo com a crise que enfrenta a imprensa brasileira, com uma boa estrutura jornalistica.
A mesma emissora continua produzindo novas novelas com muita qualidade técnica e também lançou temporadas inéditas de seriados.
Trouxe temas importantes para discussão em seus programas gerados e transmitidos ao vivo.
Mas sobre tudo, a Record realmente fez TV enquanto o SBT usou seu espaço para tampar buracos com novelas mexicanas e seriados antigos.
Não digo que não gosto dos grandes sucessos mexicanos como “A Usurpadora” e “Maria do Bairro”, todo mundo ama. Mas tudo na vida tem que ser e é apreciada pela população com moderação.
Tudo o que é demais cansa. E o SBT está muito cansativo e para quem estuda comunicação, essa emissora não é exemplo, mesmo sendo uma marca forte, de tradição e prestigio.
O SBT precisa de novos diretores que além de saber acessar um Twitter, saiba fazer televisão, que goste do assunto, que tenha novas ideias e que em suas veias corram não sangue, mas sim paixão, paixão por TV.
A mesma paixão que um dia correu nas veias do seu criador Sílvio Santos que pobre construiu um grande império de comunicação sendo, segundo considerado por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, um dos maiores presidentes que a TV Globo já teve, o único que um dia quase tirou a a emissora carioca da liderança no auge do sucesso do SBT. Época em que a emissora era viva, tinha novidades, bons e novos produtos além de uma grande e boa estrutura.