A USP (Universidade de São Paulo) campos Esalq (Escola de Agricultura Luiz de Queiroz) informou ontem (09) em uma Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que identificou de cinco a sete estudantes que teriam feito o cartaz com o ranking sexual dos colegas e exposto no pátio da universidade piracicabana. O caso revoltou a sociedade já que a universidade é mantida com dinheiro público e o mínimo que é esperado dos alunos é o interesse de estudar e honrar os benefícios de uma instituição pública.
A sindicância que vinha sendo feita pela Esalq foi concluída no último dia 24 e nas próximas semanas o resultado deverá ser entregue ao Ministério Público (MP) que deve decidir o que fazer com os alunos. Caso sejam denunciados, eles terão um prazo para apresentar defesa e se forem culpados podem ser expulsos e ainda responder processo criminal, na Polícia Civil, por homofobia, difamação e calúnia.
A comissão ouviu ontem o diretor da universidade, Luiz Gustavo Nussio. Foi ele quem revelou o resultado prévio da sindicância que passará por um pente fino antes de ser levada ao conhecimento do MP. Um outro professor que faz um estudo sobre os trotes em universidades e duas vítimas do cartaz também falaram e acusaram a Esalq / USP de cultivar a cultura racista e homofóbica dentro das próprias instalações com a ‘cobertura’ da direção.
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O CASO – O cartaz exposto em maio deste ano continha uma espécie de ranking. Nele havia o apelido de estudantes mulheres e de homossexuais onde na frente vinha o número de relações sexuais que cada um havia tido.
Não é a primeira vez que esse tipo de cartaz circula na Esalq, mas foi a primeira que a sociedade ficou sabendo. Isso só foi possível porque uma das vítimas se sentiu ofendida e usou as redes sociais para denunciar e exigir justiça.